1.
(Unesp 2023) Human beings are relentlessly capable of reflecting
on themselves. We might do something out of habit, but then we can begin to
reflect on the habit. We can habitually think things, and then reflect on what
we are thinking. We can ask ourselves (or sometimes we get asked by other
people) whether we know what we are talking about. To answer that we need to
reflect on our own positions, our own understanding of what we are saying, our
own sources of authority. Cosmologists have to pause from solving mathematical
equations with the letter t in them, and ask what is meant, for instance, by
the flow of time or the direction of time or the beginning of time. But at that
point, whether they recognize it or not, they become philosophers.
(Simon Blackburn.Think: A compelling introduction to philosophy,
1999. Adaptado.)
No texto, o autor explicita a presença da atitude filosófica a partir
a)
do estudo da relevância das sensações.
b)
da identificação de regras da argumentação.
c)
da avaliação da moralidade dos indivíduos.
d)
da análise de formas de governo.
e)
do questionamento das bases do conhecimento.
2. (Upe-ssa 1 2022) Leia a notícia a seguir:
Prefeitura de Arcoverde lança convocatória do São João 2021 on-line
A Prefeitura de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, anunciou a convocatória para a seleção e habilitação de propostas a fim de compor a programação on-line do São João de Arcoverde 2021.
O
período de inscrições acontece até o dia 22 de junho. O ciclo junino, que este
ano será realizado entre os dias 25 e 27 de junho, através de transmissão via
internet, estará cumprindo [sic] todas as normas de distanciamento social, em
virtude da pandemia da Covid-19.
A
convocatória tem o objetivo de habilitar propostas de artistas ou grupos
culturais do município que desejam participar da programação on-line do São
João de Arcoverde 2021.
Fonte: g1.globo.com/ 19/06/2021 (Adaptado).
Mesmo com a pandemia de SARS-COVID19, que impede a realização de festejos, o brasileiro não deixou de comemorar as festividades de São João, ainda que recorrendo a expedientes pouco habituais, segundo mostra a notícia acima. Isso ocorre, pois o que melhor define o gênero humano é sua capacidade de produzir cultura, sem a qual, seríamos meramente um primata qualquer.
Assinale a alternativa que corresponde à definição de cultura.
a)
É o reino da necessidade causal, do determinismo cego.
b)
Opera mecanicamente de acordo com leis necessárias de causa e efeito.
c)
É o mundo visível como meio ambiente e como aquilo que existe fora de
nós.
d)
A relação de repetição no tempo das necessidades dos humanos.
e)
A relação que os humanos estabelecem com o tempo e com o espaço e com
outros humanos.
3. (Uece 2021) Considere a seguinte afirmação do pensador indígena Ailton Krenak: “Nas narrativas tradicionais do nosso povo, das nossas tribos, não tem data, é quando foi criado o fogo, é quando foi criada a lua, quando nasceram as estrelas, quando nasceram as montanhas, quando nasceram os rios. Antes, antes, já existia uma memória puxando o sentido das coisas, relacionando o sentido dessa fundação do mundo com a vida, com o comportamento nosso, como aquilo que pode ser entendido como o jeito de viver”.
Krenak, Ailton. Antes o mundo não existia. In: Novaes, Adauto (org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia
das Letras, 1992.
A
afirmação, acima apresentada, se baseia em uma concepção de narrativas
tradicionais, segundo a qual elas
a)
se fundam numa memória coletiva, constituída na transmissão oral, de
geração em geração, dando um sentido ético para a existência natural e social.
b)
se originam antes do tempo, são anteriores à história e à vida social,
por isso não possuem descrições e explicações argumentadas sobre a realidade.
c)
têm uma função ética, orientam a vida comum e a relação com o cosmo, com
base numa argumentação válida que, contudo, não é lógica.
d)
se opõem à narrativa histórica, pois tratam dos mesmos temas e assuntos,
mas desprezam a datação, porque esta é um meio de dominação.
4. (Unioeste 2017) Martin Heidegger (1889-1976) afirmou: “ser homem já significa filosofar”. Sua tese é a seguinte: o homem se caracteriza pela distinção entre o “é” e as características de qualquer coisa, ou seja, de qualquer ente; com isso, no encontro cotidiano com os entes, antecipadamente (antes de encontrá-los e conhecê-los) sabemos (a) que eles são e (b) que eles não são o “ser”, que são diferentes de sua “existência”. Eis por que todos podemos, a qualquer instante, nos lançar às perguntas pelo ser dos entes e pelo sentido do ser em geral, ou seja, às perguntas filosóficas. Independente de filosofarmos expressamente, as questões e a força para a investigação, portanto, estariam na raiz mesma de nosso ser, e precedem todo conhecimento e pensamento aplicado.
De modo análogo, a primeira frase da Metafísica de Aristóteles afirma: “Todos os seres humanos tendem essencialmente ao Saber”. Essa tendência essencial significa que uma propensão para o Saber está presente, ainda que inexplorada, em todos os seres humanos. Como Aristóteles escolheu, para o Saber, uma palavra grega que se assemelha ao “Ver” imediato (eidénai), pode-se compreender que se trata tanto do conhecimento em geral quanto (e principalmente) do Saber metafísico, sobre o princípio essencial ou estrutura metafísica da realidade. Em suma, Aristóteles já estaria dizendo que ser homem significa filosofar.
Com base no que foi dito, marque a alternativa CORRETA.
a)
Uma contradição total reina entre as teses contemporâneas e gregas, em
filosofia.
b)
Não tem importância central a atenção nem a interpretação das
formulações e termos filosóficos.
c)
Segundo Heidegger, a distinção entre o ente e o ser torna possível o
pensamento.
d)
Aristóteles afirma a tendência essencial do ser humano a ficar preso ao
sentido da visão, nas sombras.
e)
Heidegger e Aristóteles têm como tese que filosofar expressamente é um
destino humano comum.
5. (Enem (Libras) 2017) Galileu, que detinha uma verdade científica importante, abjurou-a com a maior facilidade, quando ela lhe pôs a vida em perigo. Em um certo sentido, ele fez bem. Essa verdade valia-lhe a fogueira. Se for a Terra ou o Sol que gira em torno um do outro é algo profundamente irrelevante. Resumindo as coisas, é um problema fútil. Em compensação, vejo que muitas pessoas morrem por achar que a vida não vale a pena ser vivida. Vejo outras que se fazem matar pelas ideias ou ilusões que lhes proporcionam uma razão de viver (o que se chama de razão de viver é, ao mesmo tempo, uma excelente razão de morrer). Julgo, portanto, que o sentido da vida é a questão mais decisiva de todas. E como responder a isso?
CAMUS,
A. O mito de Sísifo: ensaio sobre o absurdo. Rio de Janeiro:
Record, 2004 (adaptado).
O texto apresenta uma questão fundamental, na perspectiva da filosofia contemporânea, que consiste na reflexão sobre os vínculos entre a realidade concreta e a
a)
condição da existência no mundo.
b)
abrangência dos valores religiosos.
c)
percepção da experiência no tempo.
d)
transitoriedade das paixões humanas.
e)
insuficiência do conhecimento empírico.
6. (Unesp 2017) A genuína e própria filosofia começa no Ocidente. Só no Ocidente se ergue a liberdade da autoconsciência. No esplendor do Oriente desaparece o indivíduo; só no Ocidente a luz se torna a lâmpada do pensamento que se ilumina a si própria, criando por si o seu mundo. Que um povo se reconheça livre, eis o que constitui o seu ser, o princípio de toda a sua vida moral e civil. Temos a noção do nosso ser essencial no sentido de que a liberdade pessoal é a sua condição fundamental, e de que nós, por conseguinte, não podemos ser escravos. O estar às ordens de outro não constitui o nosso ser essencial, mas sim o não ser escravo. Assim, no Ocidente, estamos no terreno da verdadeira e própria filosofia.
(Hegel. Estética, 2000. Adaptado.)
De acordo com o texto de Hegel, a filosofia
a)
visa ao estabelecimento de consciências servis e representações
homogêneas.
b)
é compatível com regimes políticos baseados na censura e na opressão.
c)
valoriza as paixões e os sentimentos em detrimento da racionalidade.
d)
é inseparável da realização e expansão de potenciais de razão e de
liberdade.
e)
fundamenta-se na inexistência de padrões universais de julgamento.
7. (Enem (Libras) 2017) TEXTO I
Aquele que não é
capaz de pertencer a uma comunidade ou que dela não tem necessidade, porque se
basta a si mesmo, não é em nada parte da cidade, embora seja quer um animal,
quer um deus.
ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
TEXTO
II
Nenhuma vida
humana, nem mesmo a vida de um eremita em meio à natureza selvagem, é possível
sem um mundo que, direta ou indiretamente, testemunhe a presença de outros
seres humanos.
ARENDT,
H. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense, 1995.
Associados a contextos históricos distintos, os fragmentos convergem para uma particularidade do ser humano, caracterizada por uma condição naturalmente propensa à
a)
atividade contemplativa.
b)
produção econômica.
c)
articulação coletiva.
d)
criação artística.
e) crença religiosa.
8.
(Upe-ssa 1 2017) Sobre a Condição Humana, analise o texto a seguir:
A natureza é muda. Embora pareça estar
expressando algo através de suas formas, suas paisagens, suas tempestades
tumultuosas, suas erupções vulcânicas, sua brisa ligeira e seu silêncio – a
natureza não responde. Os animais reagem de maneira que têm sentido, mas não
falam. Só o homem fala. Só entre os homens, existe essa alternância de discurso
e resposta continuamente compreendidos. Só o homem, pelo pensamento, tem
consciência de si.
JASPERS,
Karl. Introdução ao pensamento filosófico,
1999, p. 46.
Disponível em: www.permacultura.org.mx
No
contexto da reflexão sobre a Condição Humana, fica evidente que
a)
a dimensão da linguagem simbólica é condição preponderante no homem.
b)
a singularidade da cultura é secundária à condição humana.
c)
a evolução do homem prescinde da educação para se humanizar.
d)
pelo pensamento, a condição humana é essencialmente dissociável.
e) no ato de pensar e na consciência de si, a condição do homem é idêntica à condição animal.
9.
(Upe-ssa 1 2016) O vínculo do homem com a cultura deixa claro que
esta última realiza o que de mais nobre o homem possui, portanto a cultura é
guardiã da liberdade. A cultura nasce do homem, logo é histórica como ele
próprio o é.
CARVALHO, J. Maurício. O Homem e a Filosofia. Porto Alegre: Edipucrs, 1998. (Adaptado)
No
contexto da reflexão acima sobre o homem e sua dimensão cultural, fica evidente
que
a)
a cultura será compreendida, se for separada do modo humano de ser na
sua existência.
b)
é um desvalor pensar a cultura nos diferentes aspectos da criação
humana.
c)
a primazia do homem como ser cultural declina do seu valor histórico.
d)
a cultura se insere na singularidade das matrizes históricas da
constituição do humano.
e) a cultura promove a significância da liberdade em detrimento da vinculação com a história.
10. (Upe-ssa 1 2016) Sobre a ‘condição humana’, atente ao texto a seguir:
Há
grande abismo entre o comportamento dos animais e o dos seres humanos. Mesmo o
chimpanzé mais evoluído apresenta, apenas, rudimentos do raciocínio, que
permitiriam a construção da linguagem simbólica e de tudo o que dela resulta.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da
Filosofia, 2002, p. 12.
Com base no texto de Cotrim, analise as afirmativas a seguir:
I.
O ser humano já nasce pronto, de acordo com a natureza. A linguagem simbólica é
secundária na sua evolução.
II.
A dimensão subjetiva é significativa na ação do homem sobre a natureza.
III.
A linguagem é característica básica dos seres humanos com uma função específica
na comunicação, embora não exprima pensamentos e raciocínios evidentes.
IV.
À condição humana é dada uma abertura para criar novas ferramentas e objetos
com o intuito de satisfazer as necessidades existenciais do homem.
Estão
CORRETAS, apenas,
a)
I, III e IV.
b)
II e IV.
c)
I, II e IV.
d)
I e III.
e) III e IV.
11. (Ufsm 2015) A antropologia empírica
e social faz, dentre outras coisas, uma descrição da visão de mundo de outros
povos, povos isolados, com outras línguas e concepções da realidade. A
antropologia filosófica é a atividade reflexiva que busca tornar transparentes
os conceitos fundamentais associados à nossa própria visão de mundo. Esses
conceitos são, posteriormente, utilizados por outras partes da filosofia, como
a filosofia política, ética e a filosofia do direito.
12. (Uel 2013) Tudo isso ela [Diotima]
me ensinava, quando sobre as questões de amor [eros] discorria, e uma vez ela
me perguntou: – que pensas, ó Sócrates, ser o motivo desse amor e desse desejo?
A natureza mortal procura, na medida do possível, ser sempre e ficar imortal. E
ela só pode assim, através da geração, porque sempre deixa um outro ser novo em
lugar do velho; pois é nisso que se diz que cada espécie animal vive e é a
mesma. É em virtude da imortalidade que a todo ser esse zelo e esse amor
acompanham.
(Adaptado de: PLATÃO. O Banquete. 4.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p.38-39. Coleção Os Pensadores.)
Com base no texto e nos conhecimentos
sobre o amor em Platão, assinale a alternativa correta.
a) A aspiração humana de procriação, inspirada por
Eros, restringe-se ao corpo e à busca da beleza física.
b) O eros limita-se a provocar os instintos
irrefletidos e vulgares, uma vez que atende à mera satisfação dos apetites
sensuais.
c) O eros físico representa a vontade de
conservação da espécie, e o espiritual, a ânsia de eternização por obras que
perdurarão na memória.
d) O ser humano é idêntico e constante nas diversas
fases da vida, por isso sua identidade iguala-se à dos deuses.
e) Os seres humanos, como criação dos deuses, seguem a lei dos seres infinitos, o que lhes permite eternidade.
13. (Uem 2013) Na Ética a Nicômaco,
Aristóteles afirma: “Então, quando a amizade é por prazer ou por interesse
mesmo, duas pessoas más podem ser amigas, ou então uma pessoa boa e outra má,
ou uma pessoa que não é nem boa nem má pode ser amiga de outra qualquer espécie;
mas pelo que são em si mesmas é óbvio que somente pessoas boas podem ser
amigas. Na verdade, pessoas más não gostam uma da outra a não ser que obtenham
algum proveito recíproco”.
(ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco. In: Filosofia. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006, p. 123).
A partir do trecho citado, assinale
a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A amizade comporta uma esfera de interesses
particulares.
02) A amizade, em alguns casos, é consequência de
condicionantes pessoais dos amigos.
04) As amizades desinteressadas não existem, visto
que alguém sempre tem a ganhar na relação.
08) A amizade interessada entre pessoas más também
é amizade.
16) A amizade é falsa quando não há interesse ou prazer na relação.
14. (Ufu 2013) Porque as leis de
natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou, em resumo,
fazer aos outros o que queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do
temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são contrárias a nossas
paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a
vingança e coisas semelhantes.
HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 103.
Em relação ao papel do Estado, Hobbes
considera que:
a) O seu poder deve ser parcial. O soberano que
nasce com o advento do contrato social deve assiná-lo, para submeter-se aos
compromissos ali firmados.
b) A condição natural do homem é de guerra de todos
contra todos. Resolver tal condição é possível apenas com um poder estatal
pleno.
c) Os homens são, por natureza, desiguais. Por
isso, a criação do Estado deve servir como instrumento de realização da
isonomia entre tais homens.
d) A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor. O homem não deve se submeter de bom grado à violência estatal.
15. (Ufsm 2013) Sem leis e sem Estado,
você poderia fazer o que quisesse. Os outros também poderiam fazer com você o
que quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por Thomas Hobbes, que,
vivendo durante as guerras civis britânicas (1640-60), aprendeu em primeira mão
como esse cenário poderia ser assustador. Sem uma autoridade soberana não pode
haver nenhuma segurança, nenhuma paz.
Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
Considere as afirmações:
I. A argumentação hobbesiana em favor de uma
autoridade soberana, instituída por um pacto, representa inequivocamente a
defesa de um regime político monarquista.
II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de
natureza”, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção de que o afeto predominante
nesse “estado” é o medo.
III. Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização de um pacto que estabeleceria a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.
16. (Uem 2013) Assinale o que for correto.
01) Como há uma separação clara entre o que é
verdadeiro, portanto campo do juízo científico, e do que é belo, campo do juízo
estético, poucos filósofos se dedicaram à investigação do juízo do gosto.
02) Walter Benjamin ponderava, em uma visão
otimista da sociedade industrial, que a reprodução técnica da obra de arte – em
livros, nas artes gráficas, na fotografia, no rádio e no cinema – propiciaria
um movimento de democratização da cultura e das artes.
04) Kant, ao investigar os problemas da
subjetividade do juízo do gosto, considerava a beleza como uma categoria
universal da razão e, a partir da discussão sobre a beleza, propunha ser
possível atingir um juízo estético possível de ser compartilhado por
todos.
08) Os iluministas consideravam que era na
contemplação desinteressada da obra que se dava o sentimento estético, porém
tal contemplação dependia do refinamento da sensibilidade, que deveria ser
alcançado pela educação.
16) A arte midiática, que atinge um número muito maior de indivíduos, proporciona uma maior concordância de opiniões no que se refere ao juízo do gosto. Tal fato prova que a arte de massa é mais verdadeira do que as manifestações individualizadas, que propiciam juízos de valor muito mais particulares.
17. (Ufsj 2013) Na filosofia de
Friedrich Nietzsche, é fundamental entender a crítica que ele faz à metafísica.
Nesse sentido, é CORRETO afirmar que essa crítica
a) tem o sentido, na tradição filosófica, de
contentamento, plenitude.
b) é a inauguração de uma nova forma de pensar sem
metafísica através do método genealógico.
c) é o discernimento proposto por Nietzsche para
levar à supressão da tendência que o homem tem à individualidade radical.
d) pressupõe que nenhum homem, de posse de sua razão, tem como conceber uma metafísica qualquer, que não tenha recebido a chancela da observação.
18. (Ufsj 2013) “A Filosofia a golpes
de martelo” é o subtítulo que Nietzsche dá à sua obra Crepúsculo dos ídolos.
Tais golpes são dirigidos, em particular, ao(s)
a) conceitos filosóficos e valores morais, pois
eles são os instrumentos eficientes para a compreensão e o norteamento da
humanidade.
b) existencialismo, ao anticristo, ao realismo ante
a sexualidade, ao materialismo, à abordagem psicológica de artistas e
pensadores, bem como ao antigermanismo.
c) compositores do século XIX, como, por exemplo,
Wolfgang Amadeus Mozart, compositor de uma ópera de nome “Crepúsculo dos
deuses”, parodiada no título.
d) conceitos de razão e moralidade preponderantes nas doutrinas filosóficas dos vários pensadores que o antecederam e seus compatriotas e/ou contemporâneos Kant, Hegel e Schopenhauer.
19. (Ufsj 2013) Ao declarar que “a
moral e a religião pertencem inteiramente à psicologia do erro”, Nietzsche
pretendeu
a) destruir os caminhos que “a psicologia utiliza
para negar ou afirmar a moral e a religião”.
b) criticar essa necessidade humana de se vincular
a valores e instituições herdados, já que “o Homem é forjado para um fim e como
tal deve existir”.
c) denunciar o erro que tanto a moral quanto a
religião cometem ao confundir “causa com efeito, ou a verdade com o efeito do
que se considera como verdade”.
d) comprovar que “a moral e a religião estão no imaginário coletivo, mas para se instalarem enquanto verdade elas precisam ser avalizadas por uma ciência institucionalizada”.
20. (Uem 2013) No Leviatã, o filósofo
Thomas Hobbes (1588-1679) afirma: “Este poder soberano pode ser adquirido de
duas maneiras. Uma delas é a força natural, como quando um homem obriga os seus
filhos a submeterem-se e a submeterem os seus próprios filhos à sua autoridade,
na medida em que é capaz de os destruir em caso de recusa. Ou como quando um
homem sujeita através da guerra os seus inimigos à sua vontade, concedendo-lhes
a vida com essa condição. A outra é quando os homens concordam entre si em se
submeterem a um homem, ou a uma assembleia de homens, voluntariamente,
confiando que serão protegidos por ele contra os outros. Esta última pode ser
chamada uma república política, ou por instituição. À primeira pode chamar-se
uma república por aquisição”
(HOBBES, T. Leviatã, cap. XVII. In: MARÇAL, J. (org.). Antologia de Textos Filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 366).
A partir do trecho citado, assinale
a(s) alternativa(s) correta(s).
01) República por aquisição é o poder soberano
adquirido pela força natural, como o poder de destruir em caso de
desobediência.
02) República política é consequência dos acordos e
pactos firmados entre os homens voluntariamente.
04) Os vencedores de uma guerra criam uma república
por instituição.
08) Os homens livres, ao pactuarem em assembleia,
adquirem uma república.
16) Instituir e adquirir são formas dos processos políticos originários das repúblicas.
21. (Ufsj 2013) “Os leitores de jornais
dizem: este partido foi destruído devido a esta ou aquela falta que cometeu.
Minha política superior contesta: um partido que comete esta ou aquela falta
agoniza, não possui a segurança do instinto”.
Esse comentário é emblemático e foi
propalado por
a) Joaquim Barbosa, ao condenar cinco réus na sua
primeira leitura no escândalo político do mensalão, que assombra o país desde
2005.
b) Friedrich Nietzsche, ao buscar a explicação para
o erro da confusão entre a causa e o efeito.
c) Jean-Paul Sartre, referindo-se ao partido
comunista do início do século XX.
d) Thomas Hobbes, ao defender o unipartidarismo absoluto.
22. (Upe 2012) Sobre a dimensão cultural do homem, atente ao texto a seguir:
O homem, dizia Schelling, tem,
profundamente escondida em si, uma ‘cumplicidade com a criação’, pois que lhe
assistiu as origens. Seja de onde for que tenhamos vindo, estamos aqui.
Encontramo-nos no mundo, em meio a outros homens. A natureza é muda. Embora
pareça estar expressando algo através de suas formas, suas paisagens, suas
tempestades tumultuosas, suas erupções vulcânicas, sua brisa ligeira e seu
silêncio – a natureza não responde. Os animais reagem de maneira que tem
sentido, mas não falam. Só o homem fala. Só entre os homens, existe essa
alternância de discurso e resposta continuamente compreendida. Só o homem, pelo
pensamento, tem consciência de si.
(JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento filosófico, São Paulo: Cultrix, 1999, p. 46)
Com relação a esse contexto, analise os
itens a seguir:
I. O ser humano é um agente transformador e não se
submete inteiramente às forças da natureza, mas é capaz de ampliar os limites
que ela lhe impõe.
II. A pessoa desenvolve a consciência de si mesma
com base na integração entre o plano individual e o sociocultural, nas
diferentes relações com a natureza, com os semelhantes, com o transcendente e
consigo mesma.
III. A solidariedade do homem com o mundo não confunde o homem com o mundo. Graças à sua racionalidade, o homem se conhece distinto do mundo e, numa situação de alteridade com relação ao mundo, ele tem consciência de que é uma coisa e o mundo, que é sua casa, outra.
IV. O processo de humanização, realizado com base no conhecimento, na linguagem e na ação, produz um certo conhecimento que se situa nas condições materiais de produção da vida e dos valores como também no sentido que se atribui à existência.
Estão corretos
a) apenas II, III e IV.
b) apenas I, III e IV.
c) I, II, III e IV.
d) apenas III e IV.
e) apenas I, II e III.
23. (Upe-ssa 2 2018) Sobre a singularidade do pensamento filosófico, atente ao texto a seguir:
O autor na citação acima sinaliza, com
clareza e distinção, que
a)
o pensamento filosófico aprende a pensar,
declinando da realidade.
b)
o aprender a pensar promove a dimensão acrítica.
c)
o pensamento crítico substitui a realidade.
d)
o pensamento filosófico está dissociado da
realidade.
e) aprender a pensar fomenta o entendimento da realidade na sua inteireza.
24.
(Upe-ssa 1 2018) Sobre a condição humana, atente ao texto a seguir:
O homem sempre adotou, diante do universo real, uma certa reserva a fim de explicá-lo e transformá-lo. Enquanto o animal não deixa jamais de estar presente no universo, o homem, às vezes, se afasta dele a fim de representá-lo e dominá-lo.
(HUISMAN, Denis; VERGEZ, André. Compêndio
Moderno de Filosofia. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1987, p. 11.)
Em
relação ao contexto da reflexão sobre a condição humana, assinale a alternativa
CORRETA.
a)
A condição humana pode ser reduzida à simples compreensão do homem como
um ser material.
b)
O homem é um ser pensante que declina do autoconhecimento.
c)
A condição humana não se comunica com a realidade na sua diversidade.
d)
O homem somente conhece os impedimentos práticos, ignorando os problemas
teóricos.
e) A condição humana é, por natureza, histórico-social na sua inteireza.
25. (Upe-ssa 1 2017) A Condição Humana e a Cultura
A Cultura é tudo aquilo, que o homem
adquire, ou mesmo, produz, com o uso de suas faculdades: todo o conjunto do
saber e do fazer, ou seja, da ciência e da técnica, e tudo aquilo que, com o
seu saber e com o seu fazer, extrai da natureza.
MONDIN, Batista. O homem, quem é ele?. São Paulo, 1980, p. 172.
Sobre
esse assunto, é CORRETO afirmar que
a)
a condição humana é singularmente relacional.
b)
a esfera do trabalho não se constitui em um componente essencial da
cultura e do fazer humano.
c)
na faculdade da linguagem, não há distinção de modo nítido no homem e
animais, ambos tendo a mesma natureza.
d)
a cultura é um fenômeno simples; faz parte da natureza, independe de
esforço e realização particular.
e)
a condição humana não é capaz de criar normas, regras e valores. O homem
já nasce homem.
Postar um comentário:
0 comentários: