1. (Upe-ssa 3 2022) Observe a imagem a seguir:
A estratificação social nela apresentada se define pela relação entre os dois estratos mostrados, caracterizada por um(a)
a) mobilidade
social horizontal.
b) interação
endogâmica.
c) lugar
dos agentes na divisão social do trabalho.
d) privilégio
igualitário entre os membros de grupos diferentes.
e) posição transmitida hereditariamente para outros membros do grupo.
2.
(Upe-ssa 1 2022) Observe a imagem a seguir:
O conceito sociológico nela destacado faz
referência ao objeto de estudo da sociologia marxista, que compreende a
sociedade com base na(o)
a) luta
entre forças políticas do mesmo grupo, na constituição da sociedade.
b) diálogo
entre as necessidades materiais e oportunização igualitária no capitalismo
industrial.
c) história
da disputa constante por interesses opostos dentro da estrutura social.
d) excedente
de meios de produção, compartilhado, de maneira equitativa, entre os grupos.
e) pagamento da força de trabalho proporcional ao aumento do lucro.
3. (Uece 2021) Uma das teorias clássicas das Ciências Sociais sobre a existência das classes sociais e das lógicas de estratificação que as mantêm separadas ou divididas nas sociedades modernas e capitalistas foi desenvolvida pelo filósofo alemão Karl Marx (1818-1883). De modo geral, Marx buscou explicar as lógicas sociais tanto de existência das classes nas sociedades capitalistas como os motivos de suas lutas ou tensões que estruturam o modo social de produção do capitalismo.
Assim, partindo da perspectiva teórica de Marx,
assinale a opção que corresponde às duas principais classes sociais antagônicas
no sistema capitalista com seus respectivos objetivos.
a) A classe
pequeno-burguesa, como os pequenos industriais e os profissionais liberais,
contra a classe do lupemproletariado, parcela de miseráveis e parte do exército
de reserva: os primeiros lutam para não perderem seus dividendos e posses e os
segundos para o ingresso na classe trabalhadora.
b) A classe
capitalista, ou os donos dos meios de produção, e a classe proletária, ou os
detentores da força de trabalho, lutam entre si: a primeira pela manutenção de
seu domínio sobre toda a sociedade e a segunda contra as formas de exploração a
que é submetida justamente pelos capitalistas.
c) A classe
dos grandes burgueses capitalistas contra a classe dos pequenos proprietários e
rentistas, parcela de gente abastada, mas que não possui maiores garantias de
sobrevivência: os grandes capitalistas lutam pela busca de lucros e os pequenos
proprietários e rentistas lutam para assegurar suas terras e rendas.
d) A classe proletária revolucionária detentora do Estado comunista contra a classe dos profissionais liberais e funcionários públicos reacionários e conservadores: os primeiros lutam para manterem a Revolução Socialista e os segundos lutam para preservarem seus ganhos, privilégios e cargos.
4. (Enem 2021) Ao mesmo tempo, graças às amplas possibilidades que
tive de observar a classe média, vossa adversária, rapidamente conclui que vós
tendes razão, inteira razão, em não esperar dela qualquer ajuda. Seus
interesses são diametralmente opostos aos vossos, mesmo que ela procure
incessantemente afirmar o contrário e vos queira persuadir que sente a maior
simpatia por vossa sorte. Mas seus atos desmentem suas palavras.
ENGELS, F. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, 2010.
No texto, o autor apresenta delineamentos éticos
que correspondem ao(s)
a) conceito
de luta de classes.
b) alicerce
da ideia de mais-valia.
c) fundamentos
do método científico.
d) paradigmas
do processo indagativo.
e) domínios do fetichismo da mercadoria.
5. (Enem PPL 2020) A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas
da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes. Não fez senão
substituir velhas classes, velhas condições de opressão, velhas formas de luta
por outras novas. Entretanto, a nossa época, a época da burguesia,
caracteriza-se por ter simplificado os antagonismos de classes.
MARX, K.; ENGELS, F. O manifesto comunista. São Paulo: Paz e Terra, 1998.
Na perspectiva dos autores, os antagonismos entre
as classes sociais no capitalismo decorrem da separação entre aqueles que detêm
os meios de produção e aqueles que
a) vendem a
força de trabalho.
b) exercem
a atividade comercial.
c) possuem
os títulos de nobreza.
d) controlam
a propriedade da terra.
e) monopolizam o mercado financeiro.
6. (Uel 2018) Leia a charge a seguir.
A charge remete a discussões que têm marcado o pensamento sociológico e a sociologia contemporânea.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente,
o teor desses debates.
a) O
reconhecimento de que as classes sociais deixaram de existir com a implantação
dos modos de produção comunistas na Europa e, desde então, perderam sua
importância histórica.
b) As
classes existiram apenas como um fenômeno localizado historicamente no tempo,
de tal modo que hoje mesmo os partidos de esquerda renunciaram a identificar
sua permanência na sociedade contemporânea.
c) As
classes sociais, assim como a estrutura social, são construções conceituais
ideológicas, de modo que não existem empiricamente na vida social.
d) As lutas
de classes existiram enquanto se mantiveram os partidos de esquerda
tradicionais e, com a morte desses, as lutas de classe foram substituídas por
embates identitários.
e) As classes deixaram de ser o referencial analítico privilegiado, mas conservam sua importância, pois as relações entre capital e trabalho no mundo moderno se mantêm.
7. (Ueg 2019) Um dos fenômenos mais analisados pela sociologia é o das classes
sociais. Algumas análises sociológicas apontam para uma mudança na estrutura de
classes na sociedade, o que teria se iniciado após a Segunda Guerra Mundial e
com maior intensidade nas décadas posteriores.
A respeito das alterações na estrutura de classes
que ocorreram a partir dessa época, verifica-se que
a) a longa
crise econômica e o consequente enxugamento do Estado a partir dos anos 1950
geraram uma redução drástica da burocracia e uma precarização intensa da
intelectualidade.
b) houve,
nas últimas décadas, um decréscimo quantitativo e proporcional do proletariado
industrial, devido ao crescimento do setor de serviços e do comércio em
detrimento do setor industrial.
c) o
desenvolvimento tecnológico e o avanço da informática fizeram emergir uma nova
classe, denominada tecnocracia, que vem, paulatinamente, substituindo a
burguesia como classe dominante.
d) a
pós-modernidade e o neoliberalismo criaram um intenso processo de fragmentação
social, o que provocou o desaparecimento das classes sociais e sua substituição
pelos grupos sociais.
e) o estado de bem-estar social nos países capitalistas mais avançados gerou uma reforma agrária que teve como principal efeito o crescimento quantitativo do campesinato e da classe latifundiária.
8. (Enem PPL 2017) A tecelagem é numa sala com quatro janelas e 150
operários. O salário é por obra. No começo da fábrica, os tecelões ganhavam em
média 170$000 réis mensais. Mais tarde não conseguiam ganhar mais do que 90$000,
e pelo último rebaixamento, a média era de 75$000! E se a vida fosse barata!
Mas as casas que a fábrica aluga, com dois quartos e cozinha, são a 20$000 réis
por mês; as outras são de 25$ a 30$000 réis. Quanto aos gêneros de primeira
necessidade, em regra custam mais do que em São Paulo.
CARONE, E. Movimento operário no Brasil. São Paulo: Difel, 1979.
Essas condições de trabalho, próprias de uma
sociedade em processo de industrialização como a brasileira do início do século
XX, indicam a
a) exploração
burguesa.
b) organização
dos sindicatos.
c) ausência
de especialização.
d) industrialização
acelerada.
e) alta de preços.
9. (Unioeste 2016) “I. Burgueses e
proletários. A história de todas as sociedades até hoje existente é a história
das lutas de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor feudal e
servo, mestre de corporação e companheiro, em resumo, opressores e oprimidos,
em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora
disfarçada; uma guerra que terminou sempre ou por uma transformação
revolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição das classes em
conflito”
(MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo, 2010, p. 40).
Assinale a alternativa CORRETA: para Karl Marx
(1818-1883) como se originam as classes sociais?
a) As classes sociais se originam da divisão entre governantes e
governados.
b) As classes sociais se originam da divisão entre os
sexos.
c) As classes sociais se originam da divisão entre as
gerações.
d) As classes sociais se originam da divisão do
trabalho.
e) As classes sociais se originam da divisão das riquezas.
10. (Ufu 2016) Marx e Engels, em seu
Manifesto do Partido Comunista, consideram que “a nossa época, a época da
burguesia, caracteriza-se por ter simplificado os antagonismos de classes. A
sociedade divide-se cada vez mais em dois vastos campos opostos, em duas grandes
classes diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado.”
(Disponível em http://www.culturabrasil.org/manifestocomunista.htm)
Em vista disso, assinale a alternativa que define
corretamente a burguesia e o proletariado.
a) Os burgueses utilizam o trabalho escravo para a produção, e o
proletariado é desprovido de liberdade para vender sua força de
trabalho.
b) Os burgueses são proprietários que utilizam da manufatura do
proletariado para a produção de mercadorias, e o proletariado impulsiona o
desenvolvimento da manufatura.
c) Os burgueses são os grandes proprietários de terras, e o
proletariado detém o poder social e econômico.
d) Os burgueses são os detentores dos meios de produção, e o proletariado vende sua força de trabalho.
11. (Upe-ssa 3 2016) Leia os textos a seguir:
TEXTO 1
Mobilidade social é um termo da Sociologia, que
descreve a possibilidade de transição de indivíduos e grupos sociais de uma
classe social para outra, como também descreve as transições sociais que
acontecem dentro de uma mesma classe social.
Disponível em:
http://www.significadosbr.com.br/mobilidade-social Acesso em: junho 2015.
TEXTO 2
Por mobilidade social entende-se toda passagem de
um indivíduo ou de um grupo de uma posição social para outra, dentro de uma
constelação de grupos e estratos sociais.
SOROKIN, Pitirim. Sociedade, cultura e personalidade. Porto Alegre: Globo, 1968, v. II, p. 629.
De acordo com as definições apresentadas nos
textos, como pode ser classificada a transição social e econômica do dono de um
pequeno supermercado de bairro após ter aberto várias franquias de seu
empreendimento em outras regiões do estado?
a) Mobilidade social coletiva
b) Mobilidade social horizontal
c) Mobilidade social horizontal individual
d) Mobilidade social vertical descendente
coletiva
e) Mobilidade social vertical ascendente individual
12. (Ueg 2016) Os seres humanos são formados socialmente. A sociologia aborda esse processo de constituição social dos seres humanos com o termo “socialização”. Desde Marx e Durkheim, passando pela escola funcionalista até chegar aos sociólogos contemporâneos, esse é um tema fundamental da sociologia, mesmo sem usar esse termo. Alguns sociólogos atribuem um caráter repressivo e coercitivo ao processo de socialização em determinadas épocas e sociedades. A socialização, na sociedade moderna, seria diferente da que ocorre em outras sociedades. A letra da música a seguir apresenta elementos desse processo de socialização moderna.
PRESSÃO SOCIAL
(Plebe Rude)
Há uma espada sobre a minha cabeça/ É uma pressão
social que não quer que eu me esqueça
Que tenho que estudar/ que eu tenho que trabalhar/
que tenho que ser alguém/ não posso ser ninguém
Há uma espada sobre a minha cabeça/ É uma pressão
social que não quer que/ eu me esqueça
Que a minha vitória é a derrota de alguém/ e o meu
lucro é a perda de alguém que eu tenho que competir
Há uma espada sobre a minha cabeça/ É uma pressão
social que não quer que/ eu me esqueça
Que eu tenho que conformar/ conformar é
rebelar/ que eu tenho que rebelar/ rebelar é conformar
E quem conforma o sistema engole/ e quem rebela o sistema
come
Disponível em: <http://www.vagalume.com.br/plebe-rude/pressao-social-original.html>. Acesso em: 16/03/2016
A letra da música apresenta o processo de
a) socialização de grupos subalternos que são altamente
competitivos e voltados para o lucro e a vitória competitiva independente de
qualquer consideração ética.
b) imposição dos valores dos pequenos comerciantes que precisam de
educação escolar e aprendem a ter o lucro como objetivo principal de sua
empresa.
c) imposição de elementos da sociabilidade moderna, tais como
escolarização e trabalho visando ascender socialmente e vencer a competição
social.
d) socialização nos países subdesenvolvidos, nos quais a falta de
oportunidades e de riquezas gera uma forte competição social.
e) imposição de uma socialização fundada na racionalização, marcada por uma valoração da razão e dos sentimentos.
13. (Upe-ssa 3 2016) Observe a imagem a
seguir:
a) Casta.
b) Estamento.
c) Classe social.
d) Camada social socialista.
e) Mobilidade social horizontal.
14. (Upe-ssa 2 2016) Observe a charge a
seguir:
A estrutura social é um tema presente nos estudos
sociológicos. Com base na charge, é CORRETO afirmar que
a) a desigualdade social fundamenta-se na habitação, pois a
obtenção de outros elementos de sobrevivência depende, exclusivamente, dos
indivíduos.
b) os movimentos sociais funcionam como mecanismos que incentivam a
criação de espaços sociais, a exemplo do apresentado na
charge.
c) a estratificação da sociedade brasileira é dividida em classes
sociais, que são determinadas por condições econômicas e sociais de
vida.
d) o morador de uma das casas da charge compara sua residência com
a de uma classe social superior. Esse fato o deixa satisfeito com sua condição
social.
e) a classe média no Brasil é caracterizada por possuir grande acúmulo de dinheiro que a torna uma estrutura social frágil, se comparada a outras organizações sociais.
15. (Uffs) É uma ideia que na sociedade capitalista
pressupõe a elaboração de um discurso homogêneo, pretensamente universal, que,
buscando identificar a realidade social com que as classes dominantes pensam
sobre ela, esconde, oculta as contradições existentes e silencia as
representações contrárias às dessa classe.
b) A ideia de ordem
c) A ideia de democracia
d) A ideia de ideologia
e) A ideia de progresso
16. (Uel 2014) Observe a figura a seguir e responda à questão seguinte.
Uma das grandes ruas arborizadas e largas da
capital francesa traz o nome de Haussmann, Primeiro Ministro à época da Comuna
de Paris e responsável pela nova configuração espacial que parte da Cidade Luz
passou a ter. Tratava-se, para ele, de eliminar as vielas que impediam o
deslocamento das tropas por ocasião de motins populares. A Comuna de Paris
também foi objeto de atenção do pensamento de Marx e Engels.
Sobre a forma como Marx e Engels analisaram a
Comuna de Paris, assinale a alternativa correta.
a) Foi a primeira experiência real que indicou o que poderia ser uma
sociedade sem classes.
b) Era um movimento limitado por desconsiderar a forma parlamentar como instrumento
essencial de luta.
c) Exprimia um modelo ideal de vida social a ser seguido por outras
nações da Europa à época de sua realização.
d) Representava a continuidade da Revolução Francesa e de seus ideais de
liberdade, igualdade e fraternidade.
e) Tratava-se de um movimento pacífico que recusava a luta de classes como caminho para o comunismo.
17. (Uema 2011) As sociedades modernas são
complexas e multifacetadas. Mas, é com o capitalismo que as divisões sociais se
tornam mais desiguais e excludentes. Marx já observara que só o conflito entre
as classes pode mover a história. Assim sendo, para o referido autor, em qual
das opções se evidencia uma característica de classe social?
a) O status social e cultural dos indivíduos.
b) A função social exercida pelos indivíduos na sociedade.
c) A ação política dos indivíduos nas sociedades hierarquizadas.
d) A identidade social, cultural e coletiva.
e) A posição que os indivíduos ocupam nas relações de produção.
18. (Uel 2005) “A legislação penal do fim do século
XIX determinava: a ociosidade era considerada ‘crime’ e, como tal, punida.
Reconhecida e legitimada abertamente, a prática da repressão aos desempregados
e subempregados – os pobres – ficava clara no discurso dos responsáveis pela
segurança pública e pela ordem nas cidades. O controle social dessas camadas
deveria ser realizado de forma rígida. Sidney Chalhoub afirma que os
legisladores brasileiros utilizam o termo ‘classes perigosas’ como sinônimo de
‘classes pobres’, e isso significa dizer que o fato de ser pobre o torna
automaticamente perigoso à sociedade [...]. A existência do crime, da
vagabundagem e da ociosidade justificava o discurso de exclusão e perseguição
policial às camadas pobres e despossuídas”.
(PEDROSO, Regina Célia. Violência e cidadania no Brasil: 500 anos de exclusão. São Paulo: Ática, 2002. p. 24.)
O texto acima discute a configuração das classes
sociais no Brasil, tomando como referência as questões da cidadania e da
violência.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema,
é correto afirmar que, no final do século XIX, no Brasil:
a) A ação dos poderes públicos no trato da questão social estava
centrada na supressão dos desníveis entre as classes sociais, condição básica
para a emergência do Brasil industrializado.
b) A herança colonial da estrutura social brasileira conduzia o poder
estatal a reconhecer como legítimas as lutas das classes populares no
questionamento da estrutura política oligárquica vigente.
c) O combate às “classes perigosas” obrigava os poderes públicos à
implementação de políticas de geração e distribuição de renda, reduzindo,
assim, a influência do Partido Comunista Brasileiro junto aos pobres.
d) O desemprego e a criminalidade referidos às classes populares eram
vistos pelos poderes públicos, menos como questão social e mais como questão de
polícia, dentro de uma concepção restritiva de cidadania.
e) A repressão policial restringia-se aos desempregados e subempregados, pois os trabalhadores assalariados eram protegidos por uma legislação trabalhista que garantia, por exemplo, aposentadoria e descanso remunerado.
19. (Unicentro 2010) Para Karl Marx o conceito de
Classes Sociais se desenvolve com a formação da sociedade capitalista. Dessa
forma, é correto afirmar que
a) as classes sociais formadas no capitalismo estabelecem
intransponíveis desigualdades entre os homens, relações de exploração e
antagonismo.
b) para Marx, a história humana é a história passiva da luta de classes
e da aceitação do antagonismo entre burgueses e proletários.
c) as classes sociais são independentes entre si de tal forma que a
diferenças entre elas não são sentidas pelos indivíduos de uma sociedade.
d) o capitalista divide com a classe de trabalhadores a mais-valia
produzida por seu trabalho sem que haja a exploração de mão de obra.
e) as classes sociais não são opostas entre si, mais sim complementares e interdependentes.
20. (Uel 2010) Observe a tabela a seguir elaborada
por Pierre Bourdieu:
Com base na tabela, é correto afirmar:
a) A pesquisa sobre as classes sociais indica as similitudes e simetrias
dos gostos e práticas sociais das classes baixas, médias e superiores.
b) A pesquisa sobre as classes baixas, médias e altas revela o quanto a
dimensão cultural dificilmente coincide com a dimensão econômica das
diferenças.
c) A pesquisa sobre a dimensão cultural das classes sociais demonstra
que há diferenças nos seus estilos de vida e de consumo.
d) A pesquisa sobre as classes sociais e suas hierarquias desautorizam
as afirmações sobre possíveis assimetrias nas escolhas de consumo.
e) A pesquisa sobre o consumo e as práticas sociais das três classes denuncia a apropriação da cultura popular pelas classes superiores.
21. (Unicentro 2010) Em relação ao sistema de
castas de uma sociedade, assinale a alternativa correta.
a) Existe mobilidade social dentro de uma sociedade de castas.
b) A exogamia faz parte dos casamentos realizados em sociedades de
castas.
c) Não existe mobilidade social dentro de uma sociedade de casta.
d) Dentro de um sistema de castas não é importante a
hereditariedade.
e) Em um sistema de casta não existe a divisão entre castas superiores e inferiores.
22. (Uel 2010) A questão das classes sociais na Sociologia tem diferentes formas de explicação. Dentre as explicações clássicas, as de Marx e Weber. Atualmente encontramos estudiosos que analisam a estrutura social brasileira de diferentes maneiras:
I. A classe C é a classe central, abaixo da A e B e
acima da D e E. [...] a faixa C central está compreendida entre os R$ 1.064 e
os R$ 4.561 a preços de hoje na grande São Paulo. A nossa classe C está
compreendida entre os, imediatamente acima dos 50% mais pobres e os 10% mais
ricos na virada do século. [...] A nossa classe C aufere em média a renda média
da sociedade, ou seja, é classe média no sentido estatístico. A classe C é a
imagem mais próxima da média da sociedade brasileira. Dada a desigualdade, a
renda média brasileira é alta em relação aos estratos inferiores da
distribuição.
(Adaptado de: NERI, M. C.; COUTINHO DE MELO, L. C. (coordenadores). Miséria e a nova classe média na década da igualdade. Rio de Janeiro: FGV/IBRE, CPS, 2008, p. 34-35.)
II. “A reorganização do processo de acumulação no
Brasil [após os anos de 1990] acarreta consequências imediatas nas relações
sociais, no trabalho, no emprego e nas classes sociais dele resultantes. Assim,
podemos concordar que o operariado industrial perdeu o seu peso relativo na
nossa sociedade [...]. É certo que a classe trabalhadora [...] se multiplicou
em diferentes grupos sociais, uns talvez mais atomizados ou desorganizados
[...]. Também percebe-se, [...] que houve um processo de financeirização da
classe hegemônica brasileira, que acabou reduzindo ainda mais os setores
dominantes, sobretudo entre os banqueiros, as multinacionais e os grupos
econômicos, mesclados entre si com o capital financeiro e o capital internacional”.
(Adaptado de: OLIVEIRA, F. et al. Classes sociais em mudança e a luta pelo socialismo. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2002, p. 27-28.)
Considerando as duas teorias e os dois tipos de
análise dos estudiosos, é correto afirmar que as análises de
a) I e II concordam com Max Weber simultaneamente.
b) I e II concordam com Karl Marx simultaneamente.
c) II concorda com Max Weber e as de I com Karl Marx.
d) I e II discordam igualmente de Karl Marx e de Max Weber.
e) II concorda com Karl Marx e I concorda com Max Weber.
23. (Ufal 2009) O capitalismo modificou os costumes
das sociedades tradicionais e incentivou a competição social. Com o crescimento
da sociedade capitalista, as relações de mobilidade social:
a) ganharam um espaço importante para se compreender as crises existentes
na produção dos valores econômicos.
b) construíram uma hierarquia definidora das relações de poder,
destruindo as possibilidades de desigualdades.
c) são aceitas sem problemas pelas administrações públicas, não havendo
políticas que objetivem alterá-las.
d) revelam situações de conflito entre grupos de valor apenas econômico,
sem maiores problemas sociais.
e) mostram a força do capitalismo e das suas verdades que garantem a felicidade humana.
24. (Ufu 2007) Considere a citação.
“Onde quer que tenha conquistado o Poder, a
burguesia calcou aos pés as relações feudais, patriarcais e idílicas. Todos os
complexos e variados laços que prendiam o homem feudal a seus “superiores
naturais” ela os despedaçou sem piedade, para só deixar subsistir, de homem
para homem, o laço do frio interesse, as duras exigências do pagamento à
vista.”
MARX, K. & ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista, In:Obras Escolhidas, Vol. 1, São Paulo: Editora Alfa-Omega, s/d., vol. 4, p. 23.
Acerca do fenômeno central destacado nessa citação
e conforme a teoria social de Karl Marx, assinale a alternativa correta.
a) O cálculo racional do lucro é a única determinação na sociedade
capitalista.
b) A estratificação na sociedade feudal era um processo natural.
c) A conquista do poder político foi o principal objetivo das burguesias
que derrotaram a ordem feudal.
d) No capitalismo, a mercantilização não se restringe à esfera econômica, ampliando-se para outras relações sociais.
25. (Ueg 2008) Classe média
Sou classe média/ Papagaio de todo telejornal/ Eu
acredito/ Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média/ Compro roupa e gasolina no
cartão/ Odeio "coletivos"/ E vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos,/ Estou sempre no limite/ do meu
cheque especial/ Eu viajo pouco, no máximo/ um pacote CVC tri-anual
Mais eu "tô nem aí"/ Se o traficante é
quem manda na favela/ Eu não "tô nem aqui"/ Se morre gente ou tem
enchente em Itaquera/ Eu quero é que se exploda/ a periferia toda/ Mas fico
indignado/ com o estado/ quando sou incomodado/ Pelo pedinte esfomeado/ que me
estende a mão
O para-brisa ensaboado/ É camelo, biju com bala/ E
as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em Moema/ O assassinato é no
"Jardins"/ A filha do executivo é estuprada até o fim
Aí a mídia manifesta/ a sua opinião regressa/ De
implantar pena de morte,/ ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado/ concordo e faço
passeata/ Enquanto aumenta a audiência/ e a tiragem do jornal
Porque eu não "tô nem aí"/ Se o
traficante é quem manda na favela/ Eu não "tô nem aqui"/ Se morre
gente ou tem enchente em Itaquera/ Eu quero é que se exploda a periferia toda/
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Disponível em:< www.maxgonzaga.com.br/Cindex.htm> Acesso em: 10 set 2007.
A letra da canção acima, de Max Gonzaga, traz
vários elementos comuns tanto para a reflexão sociológica quanto filosófica,
entre outras conexões com várias disciplinas. Temas sociológicos, como
violência, classe social, consciência, meios de comunicação, e filosóficos,
como ética, consciência, projeto e responsabilidade, estão presentes no texto.
A concepção do texto sobre consciência corresponde
à seguinte proposição:
a) A teoria da consciência de Karl Marx, segundo a qual não é a
consciência que determina a vida, mas, ao contrário, é a vida que determina a
consciência. Assim, o ser social, tal como a situação de classe, determina a
consciência dos indivíduos, que é uma consciência de classe.
b) A teoria das representações coletivas de Durkheim, que são
compartilhadas por todos os indivíduos de uma sociedade e expressam a
supremacia da sociedade sobre o indivíduo.
c) A abordagem fenomenológica do filósofo Husserl, para quem existem
proposições universais e necessárias, derivadas da experiência de classe.
d) A teoria do pensador Descartes, que dá início ao movimento político
que mais tarde vai se chamar de “liberalismo”, no qual se depositava no Estado
o poder de defesa dos interesses dos indivíduos.
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