1. (Unesp 2022) A migração de Maomé e seus seguidores para Medina, em 622, marca a
a) conquista muçulmana da Terra Santa, após as
lutas contra os cruzados europeus.
b) passagem da união familiar e clânica dos árabes
para a constituição de uma religião coesa.
c) expansão política das oligarquias locais, por
meio da imposição do islamismo a todos os árabes.
d) consolidação da primeira religião baseada na
Bíblia, fora do âmbito do cristianismo.
e) transição do politeísmo imposto na Palestina
para uma religião monoteísta institucionalizada.
2. (Espcex (Aman) 2022) Por
quase duzentos anos (1096 a 1270), a região do Mediterrâneo Oriental viveu o
movimento das Cruzadas, expedições de perfil militar organizadas pela Igreja
Católica. Relativamente a esse assunto, é correto afirmar que
a) na Idade Média havia uma distinção rígida entre
o poder do clero e dos nobres, o que pode ser percebido inclusive no movimento
das Cruzadas.
b) as Cruzadas levaram ao enfraquecimento do poder
real, à medida que os senhores feudais ganhavam força com as
expedições.
c) a luta de reconquista das Cruzadas não era
desejada pelos imperadores bizantinos, os quais, desde o Cisma do Oriente
(1054), pretendiam combater os povos muçulmanos sem ajuda do
Ocidente.
d) havia outros interesses em jogo nas Cruzadas,
como o comércio, atividade em destaque no início do período, mas que perdeu
importância no decorrer do tempo, dado que era considerada uma atividade
“mundana”.
e) para a historiografia dos países árabes, as
Cruzadas foram a primeira manifestação do imperialismo
ocidental.
3. (Uema 2021) A Cúpula
da Rocha ou Domo da Rocha, situado em Jerusalém, foi construído no século VII e
é um dos lugares mais sagrados da religião islâmica.
O Islamismo defende os seguintes
pilares:
a) o monoteísmo (Alá é o único Deus/Maomé, o seu
profeta) e a ação de grupos extremistas radicais como forma de ação religiosa e
política.
b) a oração (salat), realizada cinco vezes ao dia,
e a exigência de que toda a muçulmana use a burca (chadri) para cobrir o
rosto.
c) o jejum (saum), no mês do Ramadã, e a criação de
exércitos paramilitares para a vingança contra judeus e cristãos em países
ocidentais.
d) o exercício da caridade (zakat) e a proibição de
mulheres terem acesso ao ensino escolar e
universitário.
e) a peregrinação a Meca (haj), pelo menos uma vez
na vida pelo fiel, e a tolerância em relação a todas as religiões.
4. (Fgv 2020) Sobre a
expansão e as rotas comerciais islâmicas, é correto afirmar:
a) Constituída a partir de antigos centros urbanos,
como Cairo e Damasco, a expansão foi marcada pela centralização do poder e pelo
estabelecimento de um circuito mercantil articulado à Europa
medieval.
b) Impulsionada simultaneamente com a difusão da
religião muçulmana, a expansão foi sucedida pela fragmentação política nos
séculos subsequentes, a despeito do rico mercado que articulava o Oriente ao continente
europeu.
c) Estabelecida devido à crise do mundo romano, a
expansão permitiu aos árabes o restabelecimento de algumas instituições
políticas de Roma e o restabelecimento do Mediterrâneo como Mare
Nostrum.
d) Tributária do desenvolvimento da economia
europeia, a expansão islâmica manteve as características das estruturas sociais
e políticas do Norte da África e estimulou um processo inédito de urbanização
na Mesopotâmia.
e) Vinculada à proliferação das práticas religiosas
pagãs e animistas, reativas ao cristianismo, a expansão islâmica esteve
imbricada à religião que defendia as práticas mercantis e a ascensão social
como sinal da bênção dos deuses.
5. (Ifba 2020) Durante a
Idade Média, a Europa Ocidental foi marcada pela consolidação dos aspectos
políticos, sociais e econômicos do feudalismo. Enquanto isso, o Oriente foi
palco do nascimento de uma nova religião, o islamismo.
Em relação ao islamismo, podemos
afirmar que:
a) Entre os cinco pilares do islamismo, está a
peregrinação à Meca, pelo menos uma vez na vida.
b) A religião islâmica permite a representação,
através de imagens, de Maomé e de Alá.
c) O islamismo é uma religião marcada pela
igualdade de funções sacerdotais entre homens e mulheres.
d) O Islã é uma religião politeísta fundada por
Maomé durante o século VII na Península Arábica.
e) O Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, é
considerado uma revelação direta de Jesus Cristo a Maomé.
6. (Fmj 2020) Observe o mapa,
que se refere ao ano de 737.
No contexto da Idade Média, o mapa
demonstra
a) a divisão do Império Carolíngio, que se
desagregou em diferentes reinos cristãos.
b) a expansão árabe, que resultou na formação de um
império islâmico com domínios em três diferentes continentes.
c) a invasão da Europa ocidental por povos
bárbaros, que vieram de territórios da atual Hungria.
d) a reconstrução do Império Romano do Ocidente,
que era uma importante aspiração dos governantes bizantinos.
e) o processo de unificação das tribos da península
Arábica, que fez surgir um Estado árabe-muçulmano.
7. (Unicamp 2019) Os estudiosos
muçulmanos adaptaram a herança recebida dos povos arabizados. Entre os domínios
conquistados pelos muçulmanos estavam a Mesopotâmia e o antigo Egito,
civilizações que desde cedo observaram os fenômenos astronômicos. O estudo dos
fenômenos naturais no Crescente Fértil possibilitou a agricultura e perdurou
por milênios. Nas costas do Mar Egeu, na região da Jônia, surgiram no século VI
a.C. as primeiras explicações dos fenômenos naturais desvinculadas dos
desígnios divinos. E as conquistas de Alexandre permitiram o início do
intercâmbio entre o conhecimento grego, de um lado, e o dos antigos impérios
egípcio, babilônico e persa, de outro. Além disso, houve trocas científicas e
culturais com os indianos. O império árabe-islâmico foi, a partir do século
VII, o herdeiro desse legado científico multicultural, ao qual os estudiosos
muçulmanos deram seus aportes ao longo da Idade Média.
(Adaptado de Beatriz
Bissio, O mundo falava árabe. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2012, p. 200-201.)
Considerando o texto acima sobre o Islã
Medieval e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
a) A extensão do território sob domínio islâmico e
a liberdade religiosa e cultural implementada nessas áreas aceleraram a
construção de novos conhecimentos pautados na cosmologia
ocidental.
b) A partir do século VII, o avanço dos exércitos
islâmicos garantiu a expansão do império de forma ditatorial sobre antigos
núcleos culturais da Índia até as terras gregas do Império Bizantino, chegando
à Espanha.
c) Os conhecimentos sobre os fenômenos naturais
construídos pelos mesopotâmicos, egípcios, macedônicos, babilônicos, persas,
entre outros povos, foram ignorados pelo Islã Medieval, marcado pelo
fundamentalismo religioso.
d) A difusão de saberes multiculturais foi uma das
marcas do Império árabe-islâmico, sendo ele a via de transmissão do sistema
numérico indiano para o Ocidente e de obras da filosofia greco-romana para o
Oriente.
8. (Ufjf-pism 1 2018) A notícia
abaixo, publicada em uma revista semanal brasileira, informa acerca de um
importante problema contemporâneo. Observe:
"Homem carrega cartaz com a
inscrição "terrorista não é muçulmano" durante marcha a favor da paz
que reuniu 10 mil pessoas em Toulouse, na França, em 21 de novembro de
2015."
"Os atentados terroristas em Paris
serviram de estopim para uma nova onda de discurso de ódio direcionado ao islã.
Na França, a desconfiança e a hostilidade aos muçulmanos se solidificam,
enquanto nos Estados Unidos a islamofobia ganha legitimidade no debate político
e, até no Brasil, muçulmanos são alvos de agressões físicas."
Carta Capital, 01/12/2015
O problema evocado na notícia possui
uma raiz histórica profunda e secular. Em que cenário histórico
podemos situar essa raiz?
a) nas sucessivas guerras entre cidades-estado
gregas no século V a.C.
b) nos conflitos provocados pelas chamadas
expansões bárbaras no século V.
c) na relação entre mundo árabe e cristão desde a
expansão árabe no século VIII.
d) na expansão marítima europeia no século
XV.
e) na ocupação dos territórios americanos pelos
europeus no século XVI.
9. (Ufpr 2018) Para muitos
pesquisadores, é correto assinalar que durante a Idade Média foram os árabes,
não os cristãos, os herdeiros e sucessores da ciência helênica, uma herança que
fez com que toda a extensão dos seus domínios, da Espanha ao Afeganistão, o
mundo muçulmano, fosse cenário de uma atividade intelectual intensa, não só em
filosofia, mas também em matemática, astronomia e medicina. Nem sempre
conhecida ou traduzida no Ocidente, essa produção está preservada em uma grande
quantidade de manuscritos.
(BISSIO, Beatriz. O mundo
falava árabe. A civilização árabe-islâmica clássica através da obra de Ibn
Khaldun e Ibn Battuta. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012, p. 36.)
Com base no texto acima e nos
conhecimentos sobre o mundo muçulmano na Idade Média, assinale a alternativa
correta.
a) Foi justamente em função do seu caráter
religioso fragmentado que o mundo muçulmano e a sua civilização distinguiram-se
mais vigorosamente do Ocidente cristão, fortemente homogêneo. A existência, no
seio do Império Muçulmano, de numerosas tendências religiosas teve
consequências consideráveis na produção de manuscritos.
b) Apesar da sua hegemonia nas ciências
durante o período medieval, a civilização muçulmana era, afinal, um simples
conjunto díspar de empréstimos culturais, o qual não conseguia refletir o novo
universalismo e a nova ordem social que se instaurou com o surgimento do
Islã.
c) Durante esse período, cidades como Córdoba,
Bagdá e Alexandria, entre outras, se tornaram centros de intercâmbio de
conhecimentos. Tratava-se de um circuito cosmopolita do qual a Europa,
periférica e tragada por diversas crises religiosas, não
participou.
d) A Idade Média foi um período caraterizado
pelo domínio efetivo, militar e político, dos países muçulmanos sobre os países
cristãos. Um domínio caracterizado, entre outras coisas, pela presença
hegemônica da língua árabe nos espaços comerciais, políticos e acadêmicos da
Europa.
e) Existe consenso entre a maioria dos
historiadores que estudam o período de que a emergência do horizonte
renascentista deve muito ao trabalho dos sábios e acadêmicos muçulmanos,
conhecidos pelo mundo cristão, sobretudo, através da Península
Ibérica.
10. (Enem 2018) Então disse:
“Este é o local onde construirei. Tudo pode chegar aqui pelo Eufrates, o Tigre
e uma rede de canais. Só um lugar como este sustentará o exército e a população
geral”. Assim ele traçou e destinou as verbas para a sua construção, e deitou o
primeiro tijolo com sua própria mão, dizendo: “Em nome de Deus, e em louvor a
Ele. Construí, e que Deus vos abençoe”.
AL-TABARI, M. Uma história dos
povos árabes. São Paulo: Cia. das Letras. 1995 (adaptado).
A decisão do califa Al-Mansur (754-775)
de construir Bagdá nesse local orientou-se pela
a) disponibilidade de rotas e terras férteis como
base da dominação política.
b) proximidade de áreas populosas como afirmação da
superioridade bélica.
c) submissão à hierarquia e à lei islâmica como
controle do poder real.
d) fuga da península arábica como afastamento dos
conflitos sucessórios.
e) ocupação de região fronteiriça como contenção do avanço mongol.
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