1.
(Esa 2023) Em outubro de 2021, a cidade de Recife-PE foi
selecionada para abrigar a nova Escola de Formação e Graduação de Sargentos de
Carreira do Exército. Na mesma região, ocorreu o movimento conhecido como
Insurreição Pernambucana (1645 – 1654) que teve as Batalhas de Guararapes como
ponto alto. O órgão que financiou a invasão holandesa no Brasil foi o(a):
a)
Associação comercial holandesa de Maurisstad
b)
Ducado holandês de Amsterdan
c)
Instituto de comércio e desenvolvimento Brasil-Holanda
d)
Reino holandês de Nassau
e) Companhia holandesa das Índias Ocidentais
2. (Uece 2023) Das 16 primeiras vilas criadas no Ceará, apenas 4 delas (Aquiraz – 1699; Fortaleza – 1725; Aracati – 1747 e Caucaia – 1750) estavam diretamente no litoral ou bem próximo dele. As demais 12 vilas mais antigas localizavam-se sertão adentro, próximas a cursos d’água ou em regiões serranas (Icó – 1735; Viçosa do Ceará – 1759; Baturité – 1762; Crato – 1762; Sobral – 1766; Granja – 1776; Quixeramobim – 1789; Guaraciaba do Norte – 1791; Russas – 1799; Tauá – 1801; Jardim – 1814 e Lavras da Mangabeira – 1816).
Esse
aspecto da ocupação do espaço cearense se deveu
a)
à ação dos coronéis que conduziram a política local desde o início da
colonização, voltando as atenções do Estado para as regiões de seu interesse.
b)
ao desenvolvimento de uma grande atividade de produção canavieira nos
sertões cearenses, que apresentam clima quente e chuvoso, condições ideais para
aquele cultivo.
c)
aos esforços dos bandeirantes, que, na busca por metais e pedras
preciosas fundaram povoados que resultaram nas vilas e cidades mais antigas do
Ceará.
d) à pecuária, atividade subsidiária da produção açucareira, que se expandiu para o interior das capitanias, pois o litoral era dominado pela monocultura canavieira para exportação.
3. (Albert Einstein - Medicina 2022) Nos dois primeiros séculos de colonização, a
empresa colonial giraria em torno da cana: a formação de vilas e cidades, a
defesa de territórios, a divisão de propriedades, as relações com diferentes
grupos sociais e até a escolha da capital.
(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia, 2018. Adaptado.)
O excerto apresenta o avanço da produção de
cana-de-açúcar no Brasil colonial como
a) a
adoção de uma sociedade de modelo feudal, que determinou a forte dependência da
economia brasileira em relação às grandes potências europeias do período.
b) a
definição de um perfil para a ação portuguesa na América, que incluiu a
produção voltada ao mercado externo e a consolidação da ocupação territorial.
c) o
estabelecimento de mecanismos reguladores da relação colônia-metrópole, que
passava a funcionar a partir do princípio da liberdade comercial.
d) a
conformação de uma economia diversificada, que assegurava a expansão
territorial e uma distribuição equilibrada dos recursos metropolitanos nas
áreas de colonização.
e) o deslocamento do eixo econômico da colônia, que avançou para o centro do território e passou a privilegiar a agricultura extensiva baseada em mão de obra indígena.
4. (Unesp 2021) A produção de açúcar no Brasil colonial era parte
de um conjunto de processos e relações que ultrapassavam os limites da colônia
e incluíam
a) a
estruturação do engenho como unidade produtiva, a disposição portuguesa de
povoar a colônia e o comércio sistemático com a América espanhola.
b) as
técnicas de cultivo indígenas, as mudas de cana procedentes do mundo árabe e a
intermediação britânica na comercialização.
c) a
adaptação da cana à terra roxa do Nordeste, o conhecimento técnico dos
imigrantes e a atuação holandesa no transporte marítimo.
d) a
constituição da grande propriedade, o tráfico de africanos escravizados e a
existência de amplo mercado consumidor na Europa.
e) o avanço da ocupação das áreas centrais da colônia, o recurso à mão de obra nativa e o crescimento do gosto pelos sabores doces na Europa.
5. (Fgv 2021) É particularmente no Oeste da província de São Paulo – o Oeste de 1840,
não o de 1940 – que os cafezais adquirem seu caráter próprio, emancipando-se
das formas de exploração agrária estereotipadas desde os tempos coloniais no
modelo clássico de lavoura canavieira e do “engenho” de açúcar. A silhueta
antiga do senhor de engenho perde aqui alguns dos seus traços característicos,
desprendendo-se mais da terra e da tradição – da rotina – rural. A terra da
lavoura deixa então de ser o seu pequeno mundo para se tornar unicamente seu
meio de vida, sua fonte de renda e de riqueza. A fazenda resiste com menos
energia à influência urbana.
(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil, 1995.)
O historiador compara duas economias agrárias,
empregando como critério da comparação
a) o
volume do capital acumulado com as redes internacionais de comércio de produtos
primários.
b) o grau
maior ou menor de autonomia dos centros de produções agrícolas para com as
relações socioeconômicas mais gerais.
c) o
emprego de formas de exploração do trabalho especializado assalariado ou
compulsório em regimes de plantations.
d) o
controle ou a influência maior ou menor dos grandes empresários agrícolas sobre
as políticas governamentais.
e) a
permanência mais ou menos duradoura da atividade produtiva agrícola ao longo da
história do Brasil.
6. (Unichristus - Medicina 2021) (...) desde a saída do Conde Maurício de Nassau do
governo dominado pelos holandeses na América, em 1644, foi-se ampliando um
clima de descontentamento entre os colonos em Pernambuco, provocado por
incompatibilidades com o novo rumo dado à administração da capitania pela
Companhia das Índias, considerado prejudicial aos seus negócios. Entre outras
coisas, a Companhia passou a cobrar os empréstimos concedidos por Nassau, e
quando esses não eram pagos, os juros aplicados eram extorsivos. Em 1645 teve
início um movimento de revolta contra o domínio holandês que ficou conhecido
como Insurreição Pernambucana.
Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br. Acesso em: 14 set. 2020.
A expulsão dos holandeses do Brasil gerou sérios
problemas para a economia da Colônia portuguesa devido ao fato de os holandeses
a) terem
se negado a vender o açúcar brasileiro, que passou a ser substituído pelo
açúcar estadunidense.
b) terem
se aliado à França para produzir açúcar a fim de dividirem o lucrativo mercado
açucareiro europeu.
c) terem
iniciado a própria produção de açúcar nas Antilhas quebrando o monopólio do
açúcar brasileiro.
d) terem
iniciado a produção de açúcar junto a países árabes acabando com o monopólio do
açúcar brasileiro.
e) iniciarem uma campanha difamatória afirmando que o açúcar brasileiro era impuro devido ao fato de ser produzido por escravizados africanos.
7. (Unesp 2021) O consumo dos alimentos nas propriedades de
monocultura de cana-de-açúcar estava […] baseado no que se podia produzir nas
brechas de um grande sistema subordinado ao mercado externo, resultando em uma
grande quantidade de farinha de mandioca, feijões de diversos tipos,
batata-doce, milho e cará comidos com pouco rigor, além de uma cultura do doce,
cristalizada na mistura das frutas com açúcar refinado e simbolizada,
popularmente, pela rapadura.
(Paula Pinto e Silva. “Sabores da colônia”. In: Luciano Figueiredo (org). História do Brasil para ocupados, 2013.)
O texto caracteriza formas de alimentação no Brasil
colonial e revela
a) o
esforço metropolitano de diversificar a produção da colônia, com o intuito de
ampliar as vendas de alimentos para outros países europeus.
b) a
diferença entre a sofisticação da alimentação da população colonial e o
restrito conjunto de alimentos disponíveis na metrópole.
c) a
articulação entre um sistema de produção voltado ao atendimento das
necessidades e interesses da metrópole e as estratégias de subsistência.
d) o interesse
dos grandes proprietários de terras na colônia de produzir para o mercado
interno, rejeitando a submissão ao domínio metropolitano.
e) a separação entre as lavouras voltadas ao fornecimento de alimentos para os países vizinhos e as plantações destinadas ao consumo interno.
8. (Enem PPL 2020) Ao longo de uma evolução iniciada nos meados do
século XIV, o tráfico lusitano se desenvolve na periferia da economia
metropolitana e das trocas africanas. Em seguida, o negócio se apresenta como
uma fonte de receita para a Coroa e responde à demanda escravista de outras
regiões europeias. Por fim, os africanos são usados para consolidar a produção
ultramarina.
ALENCASTRO, L. F. O trato dos viventes. São Paulo: Cia. das Letras, 2000 (adaptado).
A atividade econômica destacada no texto é um dos
elementos do processo que levou o reino português a
a) utilizar
o clero jesuíta para garantir a manutenção da emancipação indígena.
b) dinamizar
o setor fabril para absorver os lucros dos investimentos senhoriais.
c) aceitar
a tutela papal para reivindicar a exclusividade das rotas transoceânicas.
d) fortalecer os estabelecimentos bancários para financiar a expansão da exploração mineradora.
e) implementar a agromanufatura açucareira para viabilizar a continuidade da empreitada colonial.
9. (Fmj 2020) Observe o afresco de Cândido Portinari, pintado em 1938 para compor o mural do Ministério da Educação no Rio de Janeiro sobre os ciclos econômicos do Brasil.
No Brasil colonial, um fator essencial para a
organização da atividade econômica representada no afresco foi
a) a
divisão dos engenhos de açúcar em datas, que eram lotes de terra de tamanhos
variáveis, distribuídos de acordo com o número de escravos e de trabalhadores
livres de cada senhor de engenho.
b) a
instituição do regime de porto único, em que se reservou ao porto de Recife o
privilégio exclusivo de exportar o açúcar para a metrópole e importar produtos
manufaturados da Europa.
c) a
participação financeira dos holandeses, já que a produção de açúcar exigia
grande número de escravos, instalações de alto custo e mão de obra
especializada.
d) a
implantação do estanco, que consistia em um monopólio do cultivo da cana e da
produção do açúcar, autorizado pelo rei de Portugal.
e) a criação do colonato, regime de trabalho em que o empregado do engenho era pago, em parte, por tarefa executada e, em parte, pela colheita anual.
10. (Pucpr 2020) Leia o texto que segue para responder à próxima questão.
Os primeiros engenhos começaram a funcionar em
Pernambuco no ano de 1535, sob a direção do donatário Duarte Coelho. A partir
daí os registros não pareciam crescer: quatro estabelecimentos em 1550; trinta
em 1570, e 140 no fim do século XVI. A produção de cana alastrava-se não só
numericamente como espacialmente, chegando à Paraíba, ao Rio Grande do Norte, à
Bahia e até mesmo ao Pará. Mas foi em Pernambuco e na Bahia, sobretudo na
região do Recôncavo baiano, que a economia açucareira de fato prosperou.
SCHWARCZ, Lilia M; STARLING, Heloisa M. Brasil: Uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 55.
O texto faz referência ao chamado sistema de plantation,
utilizado nos engenhos de açúcar, que se caracterizou
a) pelo
cultivo em pequenas propriedades familiares voltadas para o comércio interno da
colônia.
b) pela
utilização exclusiva da mão de obra indígena local, cultivo em grandes
propriedades conhecidas como latifúndios e voltadas para o comércio de exportação.
c) pelo
cultivo de gêneros tropicais para exportação em grandes propriedades chamadas
latifúndios e utilização de trabalho assalariado.
d) pela
pequena propriedade, produção de vários produtos voltados para o mercado
interno e utilização de mão de obra escravizada vinda da África.
e) pela utilização da mão de obra escravizada vinda da África, produção em larga escala de gêneros tropicais para a exportação e cultivo em grandes propriedades chamadas latifúndios.
11. (Fatec 2020) O texto II remete a um período de produção do açúcar em que se estabeleceu um tipo característico de relação social e de trabalho.
Texto I
O branco açúcar que adoçará meu café
Nesta manhã de Ipanema
Não foi produzido por mim
Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre
Vejo-o puro
E afável ao paladar
Como beijo de moça, água
Na pele, flor
Que se dissolve na boca. Mas este açúcar
Não foi feito por mim.
Este açúcar veio
Da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
Dono da mercearia.
Este açúcar veio
De uma usina de açúcar em Pernambuco
Ou no Estado do Rio
E tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana
E veio dos canaviais extensos
Que não nascem por acaso
No regaço do vale.
Em lugares distantes, onde não há hospital
Nem escola,
Homens que não sabem ler e morrem de fome
Aos 27 anos
Plantaram e colheram a cana
Que viraria açúcar.
Em usinas escuras,
Homens de vida amarga
E dura
Produziram este açúcar
Branco e puro
Com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
GULLAR, F. “O Açúcar”. Toda poesia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980.
Texto II
* Texto da imagem: “Em 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, mas nem todo mundo conseguiu ler.”
As informações contidas na imagem do texto II,
localizadas no canto inferior direito, não foram reproduzidas, pois não
interferem na resolução das questões apresentadas.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente,
algumas das características dessas relações sociais e de trabalho nos engenhos
de açúcar da América portuguesa, no século XVI.
a) O
modelo de produção de açúcar na América portuguesa beneficiou-se da prática
corrente entre os povos africanos, que se ofereciam voluntariamente à
escravidão, como forma de fugir das más condições econômicas e climáticas
características do subdesenvolvimento do seu continente.
b) A
escravidão africana foi justificada por diferentes narrativas que utilizavam
passagens bíblicas para defender o trabalho forçado como castigo divino ou como
forma de expiação dos supostos pecados dos africanos, que, muitas vezes, na
América portuguesa, foram separados de membros de suas famílias e comunidades.
c) Embora
no sudeste prevalecesse a escravidão africana, nos engenhos de açúcar do
Nordeste, a mão de obra escravizada era predominantemente de origem indígena
andina, fornecida por traficantes de escravos especializados em atravessar
clandestinamente a linha de fronteira demarcada pelo Tratado de Tordesilhas.
d) Ao
contrário das capitanias do Nordeste, que utilizavam mão de obra escravizada, a
capitania de São Vicente se caracterizou pelo açúcar de alta qualidade,
produzido a partir da mão de obra livre de imigrantes italianos e alemães, que
vinham para a América fugindo das guerras de unificação de seus respectivos
países.
e) A escravid鉶 de africanos e afrodescendentes nos engenhos de a琥car coloniais seguia a l骻ica interna das sociedades africanas, cujo sistema de produ玢o de commodities em larga escala foi tomado como modelo para o desenvolvimento das col鬾ias europeias em todo o continente americano.
12. (Ifce 2019) Com a chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500, teve início um processo de invasão das terras indígenas e de implantação do sistema colonial. Os portugueses que vieram para o Brasil tinham como objetivo claro a exploração econômica do nosso território e de seu povo.
Constituíam
a economia colonial do Brasil
a) cana-de-açúcar, algodão e café.
b) pau-brasil, cana-de-açúcar e café.
c) café, borracha da Amazônia e cana-de-açúcar.
d) pau-brasil, cana-de-açúcar e mineração.
e) pau-brasil, cana-de-açúcar e produção de tecidos industrializados.
13. (Espm 2019) A primeira vez que se
mencionou o açúcar e a intenção de implantar uma produção desse gênero no
Brasil foi em 1516, quando o rei D. Manuel ordenou que se distribuíssem
machados, enxadas e demais ferramentas às pessoas que fossem povoar o Brasil e
que se procurasse um homem prático e capaz de ali dar princípio a um engenho
de açúcar. Os primeiros engenhos começaram a funcionar em Pernambuco no ano de
1535, sob a direção de Duarte Coelho. A partir daí os registros não parariam de
crescer: quatro estabelecimentos em 1550; trinta em 1570, e 140 no fim do
século XVI. A produção de cana alastrava-se não só numericamente como
espacialmente, chegando à Paraíba, ao Rio Grande do Norte, à Bahia e até mesmo
ao Pará. Mas foi em Pernambuco e na Bahia, sobretudo na região do recôncavo
baiano, que a economia açucareira de fato prosperou. Tiveram início, então, os
anos dourados do Brasil da cana, a produção alcançando 350 mil arrobas no
final do século XVI.
(Lilia M. Schwarcz. Brasil: uma Biografia)
A partir do texto e considerando a economia
açucareira e a civilização do açúcar, é correto assinalar:
a) a cana
de açúcar era um produto autóctone, ou seja, nativo do Brasil e gradativamente
foi caindo no gosto dos portugueses e dos europeus, a partir do século
XVI;
b) a
produção e comercialização do açúcar ocorreram sob a influência do livre-cambismo
em que se baseou o empreendimento colonial português;
c) a
metrópole estabeleceu o monopólio real, porém a comercialização do açúcar passou
para os porões dos navios holandeses, que acabaram por assumir parte substancial
do tráfego entre Brasil e Europa;
d) os
portugueses mantiveram um rigoroso monopólio sobre o processo de produção e
refinação do açúcar, só permitindo a participação de estrangeiros na comercialização
do produto;
e) para implantação da indústria canavieira no Brasil, o projeto colonizador luso precisava contar com mão de obra compulsória e abundante, dada a extensão do território e por isso sempre privilegiou a utilização dos nativos, cuja captura proporcionava grandes lucros para a coroa.
14. (Famerp 2019) O sistema de plantation, predominante na
colonização portuguesa do Brasil, baseou-se na
a) produção
agrícola voltada à subsistência e ao comércio local.
b) exportação
dos excedentes agrícolas não consumidos internamente.
c) aplicação
de moderna tecnologia europeia à agricultura.
d) rotação
de culturas em pequenas propriedades rurais.
e) monocultura extensiva com emprego de trabalho compulsório.
15. (Ufrgs 2019) Sobre as atividades econômicas e a mão de obra na
América Portuguesa, entre os séculos XVI e XVII, é correto afirmar que a
produção
a) era
voltada exclusivamente para o mercado externo, restrita ao cultivo em plantations, e a mão de obra era
exclusivamente de indígenas e africanos escravizados.
b) era
voltada para além do mercado externo, com diversas culturas ligadas ao mercado
interno, e a mão de obra era majoritariamente de escravizados, mas com a
presença de trabalhadores livres.
c) era
voltada exclusivamente para o mercado interno, através do cultivo de itens de
subsistência, e a mão de obra era exclusivamente de indígenas e africanos
escravizados.
d) não se
resumia ao mercado externo, com diversas culturas voltadas ao mercado interno,
e a mão de obra era exclusivamente de indígenas e africanos escravizados.
e) era voltada exclusivamente para o mercado externo, restrita ao cultivo em plantations, e a mão de obra era majoritariamente de escravizados, mas com a presença de trabalhadores livres.
16. (Espm 2018) A colonização levou à exploração
do trabalho indígena e foi responsável por muita dizimação. É ainda na conta da
colonização que se deve pôr o recrudescimento das guerras indígenas, que, se
já existiam internamente, eram agora provocadas também pelos colonos, os quais
faziam aliados na mesma velocidade com que criavam inimigos. Havia nesse
contexto índios aldeados e aliados dos portugueses, e índios inimigos.
Uma das atribuições dos
índios aldeados era tomar parte nas guerras promovidas pelos portugueses
contra índios hostis e servir como povos estratégicos para impedir a entrada
de estrangeiros.
Os índios aldeados e
aliados foram mobilizados para expulsar os franceses de Villegagnon, o qual,
por sua vez se uniu a índios amigos que apoiaram a incursão francesa na baía
da Guanabara.
(Lilia Moritz Schwarcz. Brasil uma Biografia)
A respeito
do texto é correto assinalar que:
a) os indígenas aldeados e aliados dos portugueses, na guerra contra os
franceses de Villegagnon, eram os Tupinambás;
b) os indígenas aldeados e aliados dos portugueses, na guerra contra os
franceses de Villegagnon, eram os Araucanos;
c) os indígenas que apoiaram os franceses de Villegagnon foram os
Tapuias;
d) os
indígenas que apoiaram os franceses de Villegagnon foram os Tupinambás;
e) os indígenas que apoiaram os franceses de Villegagnon foram os Charruas.
17. (Famema 2018) Havia muito capital e muita riqueza entre os
lavradores de cana, alguns ligados por laços de sangue ou matrimônio aos
senhores de engenho. Havia também um bom número de mulheres, não raro viúvas,
participando da economia açucareira. Digno de nota até o fim do século XVIII,
contudo, era o fato de os lavradores de cana serem quase invariavelmente
brancos. Os negros e mulatos livres simplesmente não dispunham de créditos ou
capital para assumir os encargos desse tipo de agricultura.
(Stuart Schwartz. “O Nordeste açucareiro no Brasil Colonial”. In: João Luis R. Fragoso e Maria de Fátima Gouvêa (orgs). O Brasil Colonial, vol 2, 2014.)
O excerto indica que a sociedade colonial
açucareira foi
a) organizada
em classes, cuja posição dependia de bens móveis.
b) apoiada
no trabalho escravo, principalmente o dos lavradores de cana.
c) baseada
na “limpeza de sangue”, portanto se proibia a miscigenação.
d) determinada
pelos recursos financeiros, o que impedia a mobilidade.
e) hierarquizada por critérios diversos, tais como a etnia e riqueza.
18. (Fuvest 2018) A respeito dos espaços econômicos do açúcar e do
ouro no Brasil colonial, é correto afirmar:
a) A
pecuária no sertão nordestino surgiu em resposta às demandas de transporte da
economia mineradora.
b) A
produção açucareira estimulou a formação de uma rede urbana mais ampla do que a
atividade aurífera.
c) O custo
relativo do frete dos metais preciosos viabilizou a interiorização da
colonização portuguesa.
d) A mão
de obra escrava indígena foi mais empregada na exploração do ouro do que na
produção de açúcar.
e) Ambas as atividades produziram efeitos similares sobre a formação de um mercado interno colonial.
19. (Fgv 2018) A agromanufatura da cana resultaria em outro
produto tão importante quanto o açúcar: a cachaça. Alambiques proliferaram ao
longo dos séculos coloniais. A comercialização da bebida afetava profundamente
a importação de vinhos de Portugal. Esse comércio era obrigatório, pois por
meio dos tributos pagos pelas cotas do vinho importado é que a Coroa pagava as
suas tropas na Colônia. A cachaça produzida aqui passou a concorrer com os
vinhos, com vantagens econômicas e culturais. Essa concorrência comercial entre
colônia e metrópole se estendeu para as praças negreiras e rotas de
comercialização de escravos na África portuguesa. A cachaça brasileira, por ser
a bebida preferida para os negócios de compra e venda de escravos africanos,
colocou em grande desvantagem a comercialização dos vinhos portugueses
remetidos à África. A longa queda de braço mercantil acabou favorecendo afinal
a cachaça, porque sem ela, nada de escravos, nada de produção na Colônia, com
consequências graves para a arrecadação do reino.
(Ana Maria da Silva Moura. Doce, amargo açúcar. Nossa História, ano 3, nº 29, 2006. Adaptado)
A partir dessa breve história da cachaça no Brasil,
é correto afirmar que
a) essa
produção prejudicou os negócios relacionados ao açúcar, porque desviava parte
considerável da mão de obra e dos capitais, além de incentivar o tráfico
negreiro em detrimento do uso do trabalho compulsório indígena, que mais
interessava ao Estado português.
b) esse
item motivou recorrentes conflitos entre as elites colonial e metropolitana,
condição em parte solucionada quando as regiões africanas fornecedoras de
escravos tornaram-se também produtoras de cachaça, o que desestimulou a sua
produção na América portuguesa.
c) essa
bebida tem uma trajetória que comprova a ausência de domínio da metrópole sobre
a América portuguesa, porque as restrições ao comércio e à produção de
mercadorias no espaço colonial não surtiam efeitos práticos e coube aos senhores
de engenho impor a ordem na Colônia.
d) esse
produto desrespeitava um princípio central nas relações que algumas metrópoles
europeias impunham aos seus espaços coloniais, nesse caso, a quebra do
monopólio de grupos mercantis do reino e a concorrência a produtos da
metrópole.
e) essa mercadoria recebeu um impulso importante, mesmo contrariando as determinações metropolitanas, mas, gradativamente, perdeu a sua importância, em especial quando o tabaco e os tecidos de algodão assumiram a função de moeda de troca por escravos na África.
20. (Puccamp 2017) Do Brasil descoberto
esperavam os portugueses a fortuna fácil de uma nova Índia. Mas o pau-brasil,
única riqueza brasileira de simples extração antes da “corrida do ouro” do
início do século XVIII, nunca se pôde comparar aos preciosos
produtos do Oriente. (...) O Brasil dos primeiros tempos foi o objeto dessa
avidez colonial. A literatura que lhe corresponde é, por isso, de natureza
parcialmente superlativa. Seu protótipo é a carta célebre de Pero Vaz de
Caminha, o primeiro a enaltecer a maravilhosa fertilidade do solo.
(MERQUIOR, José Guilherme. De Anchieta a Euclides − Breve história da literatura brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977, p. 3-4)
A colonização portuguesa, no século XVI, se valeu de algumas
estratégias para usufruir dos produtos economicamente rentáveis no território
brasileiro, e de medidas para viabilizar a ocupação e administração do mesmo.
São exemplos dessas estratégias e dessas medidas, respectivamente,
a) a
prática do escambo com os indígenas e a instituição de vice-reinos, comarcas,
vilas e freguesias.
b) a
implementação do sistema de plantation no interior e a construção, por
ordem da Coroa, de extensas fortalezas e fortes.
c) a
imposição de um vultoso pedágio aos navios corsários de distintas procedências
e a instalação de capitanias hereditárias.
d) a
introdução da cultura da cana-de-açúcar com uso de trabalho compulsório e a
instituição de um governo geral.
e) o comércio da produção das missões jesuíticas e a fundação da Companhia das Índias Ocidentais.
21.
(Puccamp 2017) Mais do que resultante de acasos e similares, como
aconteceu a muitos países, o Brasil é produto de uma obra. Em sua primeira
parte, feita à medida e semelhança do colonizador. Depois, conduzida pela
classe dominante dele herdeira, no melhor e sobretudo no pior da herança. O
sistema aí nascente projetou-se na história como um processo sem interrupção,
sem sequer solavancos. Escravocrata por tanto tempo, fez a abolição mais
conveniente à classe dominante, não aos ex-escravizados. A República trouxe
recusas superficiais ao Império, ficando a expansão republicana do poder e dos
direitos reduzida, no máximo, a farsas, a começar do método fraudador das
"eleições a bico de pena".
FREITAS, Jânio de. Folha de S. Paulo, 30/04/2017.
Sobre a obra colonizadora, a que o texto de Jânio
de Freitas se refere, é correto afirmar que a
a) opção
pela implantação da economia açucareira, com base na grande propriedade rural e
no trabalho escravo, articula-se com o mecanismo de dominação colonial e com a
política mercantilista.
b) colonização
se estabelece dentro dos padrões de povoamento e expansão religiosa, resultou
da expansão marítima dos países da Europa e se constituiu numa sociedade de
europeus sem miscigenação.
c) exploração
econômica da colônia, com base na produção de açúcar, pretendeu impor a reserva
de mercado metropolitano por meio de um sistema de livre comércio que atingia
todas as riquezas coloniais.
d) escolha
pela produção açucareira na colônia objetivava demarcar os direitos de
exploração dos países ibéricos na América, tendo como elemento propulsor o
desenvolvimento da expansão comercial e marítima.
e) existência, na colônia recém descoberta, de uma estrutura produtiva já instalada pela população nativa foi capaz de viabilizar uma efetiva exploração econômica segundo os padrões da política mercantilista.
22. (Espm 2016) Quem vir na escuridade
da noite aquelas fornalhas tremendas perpetuamente ardentes, o ruído das
rodas, das cadeias, da gente toda da cor da mesma noite, trabalhando
vivamente, e gemendo tudo ao mesmo tempo sem momento de tréguas, nem de
descanso; quem vir enfim toda a máquina e aparato confuso e estrondoso daquela
Babilônia, não poderá duvidar, ainda que tenha visto Etnas e Vesúvios, que é
uma semelhança de inferno.
(Padre Antonio Vieira. Citado por Lilia Schwarcz e Heloisa Starling in Brasil uma Biografia)
A leitura do trecho deve ser relacionada com:
a) o
trabalho indígena na extração do pau-brasil;
b) o trabalho
indígena na lavoura da cana-de-açúcar;
c) o
trabalho de escravos negros africanos no engenho de cana-de-açúcar;
d) o
trabalho de escravos negros africanos no garimpo, na mineração;
e) o
trabalho de imigrantes italianos na lavoura cafeeira.
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