1.
(Uece 2023) “Hobbes parte do estado de natureza, no qual não
existiria lei, não existiria indústria humana, não existiria nada, e o homem é o
lobo do próprio homem; e pelo fato de o homem ser antissocial por natureza, só
se torna possível ele viver em sociedade com um Estado extremamente forte. Com Locke,
a coisa é diferente. Locke diz que o homem não é um ser rebelde à vida
política. No estado de natureza, mesmo com ausência de Estado, mesmo com ausência
de leis, existe uma vida econômica que torna possível a integração dos
indivíduos entre si. Então o Estado nasce para complementar, para tornar
possível essa sociabilidade originária, que é a sociabilidade de mercado”.
TEIXEIRA, F. J. S. Liberalismo clássico e neoliberalismo: Duas faces da mesma moeda?. Curso on line, aula 02, em 12.09.2022. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=TA9MUFoRtOo&t=2009s.
Essas
duas concepções políticas são
a)
ambas liberais.
b)
ambas absolutistas.
c)
absolutista, a primeira, e liberal, a segunda.
d) liberal, a primeira, e absolutista, a segunda.
2.
(Ufpr 2022) Ampliando suas investigações para além de suas
capacidades, e deixando seus pensamentos vagarem em profundezas, a tal ponto de
lhes faltar apoio seguro para o pé, não é de admirar que os homens levantem
questões e multipliquem disputas acerca de assuntos insolúveis, servindo apenas
para prolongar e aumentar suas dúvidas, e para confirmá-los ao fim num perfeito
ceticismo.
(LOCKE. Ensaio acerca do entendimento humano. Trad. Anoar Aiex. Coleção Os Pensadores, vol. XVIII. São Paulo: Victor Civita, 1973, introdução, p. 147.
Considerando
a passagem acima e a obra de que foi extraída, segundo Locke, os homens
tornam-se céticos porque:
a)
são capazes de obter apenas um conhecimento provável acerca das coisas.
b)
não limitam suas investigações ao que é possível conhecer.
c)
dependem da experiência sensível para conhecer, sendo essa experiência
enganosa.
d)
não são capazes de encontrar um apoio seguro para os seus pensamentos.
e) encontram prazer na mera disputa.
3.
(Ufpr 2021) Na introdução ao Ensaio sobre o entendimento humano, John Locke declara que nessa
obra ele pretende investigar “a origem, a certeza e a extensão do conhecimento
humano, juntamente com as bases e graus da crença, opinião e assentimento”.
(LOCKE, John. Coleção Os Pensadores. Vol. XVIII. São Paulo: Victor Civita, 1973. p. 145.)
Com
base nessa citação e na obra de que foi retirada, é correto afirmar que essa
investigação:
a)
levará o entendimento a ter certeza sobre seus conteúdos.
b)
levará o entendimento a estender os seus limites.
c)
requer o exame dos processos físicos pelos quais o entendimento recebe
suas ideias.
d)
requer o abandono das opiniões recebidas.
e) busca critérios de verdade.
4. (Uece 2020) Considerando a filosofia política contratualista de Jean Jacques Rousseau, observe a seguinte passagem de sua obra:
“O
verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um
terreno, lembrou-se de dizer ‘isto é meu’ e encontrou pessoas suficientemente
simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras assassínios misérias e
horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas,
tivesse gritado aos semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor’”.
Rousseau, J.J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo. Abril Cultural, 1978. P.259.
A
filosofia política de Rousseau
a)
seguiu a tradição contratualista de Locke e Hobbes, contudo sua ideia de
pacto fundamentou-se na noção de vontade geral, ponto de partida para a
cidadania, construída com base nas vontades particulares.
b)
fundamentou-se na visão absolutista de pacto originária do pensamento de
Thomas Hobbes, na qual uma sociedade livre só seria possível se comandada de
forma despótica.
c)
foi fortemente influenciada pelas concepções anarquistas do filósofo
francês Pierre-Joseph Proudhon, crítico severo da propriedade privada.
d) tinha, a exemplo de John Locke, uma concepção positiva da propriedade como elemento fundamental na consolidação do pacto social e da opinião geral.
5.
(Ueg 2019) John Locke afirmou que a mente é como uma folha em
branco na qual a cultura escreve seu texto e Descartes demonstrava desconfiança
em relação aos sentidos como fonte de conhecimento. A respeito desses dois
filósofos, verifica-se o seguinte:
a)
Locke é um representante do racionalismo e Descartes é um representante
do empirismo.
b)
Locke é um representante do empirismo e Descartes é um representante do
racionalismo.
c)
Descartes e Locke possuíam a mesma concepção, pois ambos eram críticos
do iluminismo.
d)
Descartes é um representante do teologismo e Locke é um representante do
culturalismo.
e) Descartes é um representante do materialismo e Locke é um representante do idealismo.
6.
(Uece 2019) “A liberdade do homem em sociedade consiste em não
estar submetido a nenhum outro poder legislativo senão àquele estabelecido no
corpo político mediante consentimento, nem sob o domínio de qualquer vontade ou
sob a restrição de qualquer lei afora as que promulgar o poder legislativo,
segundo o encargo a este confiado”.
LOCKE, John. Dois tratados sobre o governo. Martins Fontes, 1998, p. 401-402. Adaptado.
Considerando
a definição de liberdade do homem em sociedade, de John Locke, atente para as
seguintes afirmações:
I. A concepção de
liberdade do homem em sociedade de Locke elimina totalmente o direito de cada
um de agir conforme a sua vontade.
II. A concepção de
liberdade do homem em sociedade de Locke consiste em viver sob a restrição das
leis promulgadas pelo poder legislativo.
III. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke consiste em viver segundo uma regra permanente e comum que todos devem obedecer.
É
correto o que se afirma em
a)
I e II apenas.
b)
I e III apenas.
c)
II e III apenas.
d) I, II e III.
7.
(Unesp 2018) Posto que as qualidades que impressionam nossos
sentidos estão nas próprias coisas, é claro que as ideias produzidas na mente
entram pelos sentidos. O entendimento não tem o poder de inventar ou formar uma
única ideia simples na mente que não tenha sido recebida pelos sentidos.
Gostaria que alguém tentasse imaginar um gosto que jamais impressionou seu paladar,
ou tentasse formar a ideia de um aroma que nunca cheirou. Quando puder fazer
isso, concluirei também que um cego tem ideias das cores, e um surdo, noções
reais dos diversos sons.
(John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano, 1991. Adaptado.)
De
acordo com o filósofo, todo conhecimento origina-se
a)
da reminiscência de ideias originalmente transcendentes.
b)
da combinação de ideias metafísicas e empíricas.
c)
de categorias a priori existentes na mente humana.
d)
da experiência com os objetos reais e empíricos.
e) de uma relação dialética do espírito humano com o mundo.
8.
(Unicamp 2015) A maneira pela qual adquirimos qualquer
conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato.
LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.
O
empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte,
a)
afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da
experiência.
b)
é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser
obtidos.
c)
aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de
ideias inatas.
d)
defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento.
9. (Uema 2015) De
acordo com a historiadora Maria Lúcia de Arruda Aranha, a Revolução Francesa
derrubou o antigo regime, ou seja, o absolutismo real fundamentado no direito
divino dos reis, derivado da concepção teocrática do poder. O término do antigo
regime se consuma quando a teoria política consagra a propriedade privada como
direito natural dos indivíduos.
Fonte: ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2003.
Esse princípio político que substitui a antiga
teoria do direito divino do rei intitula-se
a)
Contratualismo.
b)
Totalitarismo.
c)
Absolutismo.
d)
Liberalismo.
e) Marxismo.
10. (Unicamp 2015) A maneira pela qual
adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato.
LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.
O empirismo, corrente filosófica da qual Locke
fazia parte,
a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da
experiência.
b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser
obtidos.
c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de
ideias inatas.
d) defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento.
11. (Unioeste 2013) “Através dos princípios de um
direito natural preexistente ao Estado, de um Estado baseado no consenso, de
subordinação do poder executivo ao poder legislativo, de um poder limitado, de
direito de resistência, Locke expôs as diretrizes fundamentais do Estado
liberal.”
Bobbio.
Considerando o texto citado e o pensamento político
de Locke, seguem as afirmativas abaixo:
I. A passagem do estado de natureza para a sociedade política ou civil,
segundo Locke, é realizada mediante um contrato social, através do qual os
indivíduos singulares, livres e iguais dão seu consentimento para ingressar no
estado civil.
II. O livre consentimento dos indivíduos para formar a sociedade, a
proteção dos direitos naturais pelo governo, a subordinação dos poderes, a
limitação do poder e o direito à resistência são princípios fundamentais do
liberalismo político de Locke.
III. A violação deliberada e sistemática dos direitos naturais e o uso
contínuo da força sem amparo legal, segundo Locke, não são suficientes para
conferir legitimidade ao direito de resistência, pois o exercício de tal
direito causaria a dissolução do estado civil e, em consequência, o retorno ao
estado de natureza.
IV. Os indivíduos consentem livremente, segundo Locke, em constituir a
sociedade política com a finalidade de preservar e proteger, com o amparo da
lei, do arbítrio e da força comum de um corpo político unitário, os seus
inalienáveis direitos naturais à vida, à liberdade e à propriedade.
V. Da dissolução do poder legislativo, que é o poder no qual “se unem os membros de uma comunidade para formar um corpo vivo e coerente”, decorre, como consequência, a dissolução do estado de natureza.
Das afirmativas feitas acima
a) somente a afirmação I está correta.
b) as afirmações I e III estão corretas.
c) as afirmações III e IV estão corretas.
d) as afirmações II e III estão corretas.
e) as afirmações III e V estão incorretas.
12. (Ufsj 2012) Ao investigar as
origens das ideias, diversos filósofos fizeram interferências importantes no
pensamento filosófico da humanidade. Dentre eles, destaca-se o pensamento de
John Locke. Assinale a alternativa que expressa as origens das ideias para John
Locke.
a) “Não há dúvida de que todo o nosso conhecimento
começa com a experiência [...] mas embora todo o nosso conhecimento comece com
a experiência, nem por isso todo ele pode ser atribuído a esta, mas à
imaginação e à ideia.”
b) “O que sou eu? Uma substância que pensa. O que é
uma substância que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que
nega, que quer, que não quer, que imagina e que sente, uma ideia em movimento.
c) “Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias,
por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em
ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior, calcado
nas paixões.”
d) “Afirmo que essas duas, a saber, as coisas materiais externas, como objeto da sensação, e as operações de nossas próprias mentes, como objeto da reflexão, são, a meu ver, os únicos dados originais dos quais as ideias derivam.”
13. (Unioeste 2012) “Se o homem no
estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua
própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, porque abrirá ele
mão dessa liberdade, porque abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio
e controle de qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no
estado de natureza tenha tal direito, a fruição do mesmo é muito incerta e está
constantemente exposta à invasão de terceiros porque, sendo todos reis tanto
quanto ele, todo homem igual a ele, e na maior parte pouco observadores da
equidade e da justiça, a fruição da propriedade que possui nesse estado é muito
insegura, muito arriscada. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma
condição que, embora livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é
sem razão que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros que
estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da
propriedade e dos bens a que chamo de 'propriedade'”.
Locke
Sobre o pensamento político de Locke e o texto acima, seguem as seguintes afirmativas:
I. No estado de natureza, os homens usufruem
plenamente, e com absoluta segurança, os direitos naturais.
II. O objetivo principal da união dos homens em
comunidade, colocando-se sob governo, é a preservação da “propriedade”.
III. No estado de natureza, falta uma lei
estabelecida, firmada, conhecida, recebida e aceita mediante consentimento,
como padrão do justo e injusto e medida comum para resolver quaisquer
controvérsias entre os homens.
IV. Os homens entram em sociedade, abandonando a
igualdade, a liberdade e o poder executivo que tinham no estado de natureza,
apenas com a intenção de melhor preservar a propriedade.
V. No estado de natureza, há um juiz conhecido e imparcial para resolver quaisquer controvérsias entre os homens, de acordo com a lei estabelecida.
Das afirmativas feitas acima
b) as afirmações I e III estão corretas.
c) as afirmações II e V estão corretas.
d) as afirmações IV e V estão corretas.
e) as afirmações II, III e IV estão corretas.
14. (Ufu 2012) Para bem compreender o poder político e derivá-lo de sua origem, devemos considerar em que estado todos os homens se acham naturalmente, sendo este um estado de perfeita liberdade para ordenar-lhes as ações e regular-lhes as posses e as pessoas conforme acharem conveniente, dentro dos limites da lei de natureza, sem pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem.
LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
A partir da leitura do texto acima e de
acordo com o pensamento político do autor, assinale a alternativa
correta.
a) Segundo Locke, o estado de natureza se confunde
com o estado de servidão.
b) Para Locke, o direito dos homens a todas as
coisas independe da conveniência de cada um.
c) Segundo Locke, a origem do poder político
depende do estado de natureza.
d) Segundo Locke, a existência de permissão para agir é compatível com o estado de natureza.
15. (Uff 2012) O filósofo inglês John Locke (1632-1704) é um dos fundadores da concepção liberal da vida política. Em sua defesa da liberdade como um atributo que o homem possui desde que nasce, ele diz: “Para compreender corretamente o que é o poder político e derivá-lo a partir de sua origem, devemos considerar qual é a condição em que todos os homens se encontram segundo a natureza. E esta condição é a de completa liberdade para poder decidir suas ações e dispor de seus bens e pessoas do modo que quiserem, respeitados os limites das leis naturais, sem precisar solicitar a permissão ou de depender da vontade de qualquer outro ser humano.”
Assinale o documento histórico que foi
diretamente influenciado pelo pensamento de Locke.
a) O livro “O que é a propriedade?”, de Proudhon
(1840)
b) O “Manifesto Comunista”, de Karl Marx e
Frederico Engels (1848)
c) A “Concordata” estabelecida entre Napoleão e o
Vaticano (1801)
d) A declaração da “Doutrina Monroe” (1823)
e) A “Declaração de Independência” dos Estados Unidos (1776)
16. (Ufsj 2011) John Locke é apontado
como pioneiro do materialismo moderno. Sobre o “materialismo moderno”, é
CORRETO afirmar que:
a) “Deriva as ‘ideias’ de que se constitui o
conhecimento diretamente das sensações que se marcaram na mente [...] não
cabendo assim ao pensamento nada mais, [...] que combinar, comparar e analisar
essas mesmas ideias”.
b) “Todo o princípio do conhecimento material é
sensorial, transponível, relativo e infinito”.
c) “O valor da experiência sensível, como fator
primário da elaboração cognitiva, está na possibilidade de conhecer a essência
da natureza”.
d) “O conhecimento deve ser introjetado a partir da experiência extrassensorial, peculiar a todo ser pensante”.
17. (Uel 2011) Locke divide o poder
do governo em três poderes, cada um dos quais origina um ramo de governo: o
poder legislativo (que é o fundamental), o executivo (no qual é incluído o
judiciário) e o federativo (que é o poder de declarar a guerra, concertar a paz
e estabelecer alianças com outras comunidades). Enquanto o governo continuar
sendo expressão da vontade livre dos membros da sociedade, a rebelião não é
permitida: é injusta a rebelião contra um governo legal. Mas a rebelião é
aceita por Locke em caso de dissolução da sociedade e quando o governo deixa de
cumprir sua função e se transforma em uma tirania.
(LOCKE, John. In: MORA, J. F.
Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001. V. III. p. 1770.)
Com base no texto e nos conhecimentos
sobre John Locke, é correto afirmar:
I.
O direito de rebelião é um direito
natural e legítimo de todo cidadão sob a vigência da legalidade.
II.
O Estado deve cuidar do bem-estar
material dos cidadãos sem tomar partido em questões de matéria religiosa.
III.
O poder legislativo ocupa papel
preponderante.
IV. Na estrutura de poder, dentro de certos limites, o Estado tem o poder de fazer as leis e obrigar que sejam cumpridas.
Assinale a alternativa correta.
b) Somente as afirmativas I e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
18. (Ufu 2011) Os filósofos
contratualistas elaboraram suas teorias sobre os fundamentos ou origens do poder
do Estado a partir de alguns conceitos fundamentais tais como, a soberania, o
estado de natureza, o estado civil, o estado de guerra, o pacto social
etc.
[...] O estado de guerra é um estado de
inimizade e destruição [...] nisto temos a clara diferença entre o estado de
natureza e o estado de guerra, muito embora certas pessoas os tenham
confundido, eles estão tão distantes um do outro [...].
LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. São Paulo: Ed. Abril Cultural, 1978.
Leia o texto acima e assinale a
alternativa correta.
a) Para Locke, o estado de natureza é um estado de
destruição, inimizade, enfim uma guerra “de todos os homens contra todos os
homens”.
b) Segundo Locke, o estado de natureza se confunde
com o estado de guerra.
c) Segundo Locke, para compreendermos o poder
político, é necessário distinguir o estado de guerra do estado de
natureza.
d) Uma das semelhanças entre Locke e Hobbes está no fato de ambos utilizarem o conceito de estado de natureza exatamente com o mesmo significado.
19. (Uel 2010) Aquele que se
alimentou com bolotas que colheu sob um carvalho, ou das maçãs que retirou das
árvores na floresta, certamente se apropriou deles para si. Ninguém pode negar
que a alimentação é sua. Pergunto então: Quando começaram a lhe pertencer?
Quando os digeriu? Quando os comeu? Quando os cozinhou?
Quando os levou para casa? Ou quando os
apanhou?
(LOCKE, J. Segundo Tratado Sobre o
Governo Civil. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 98)
Com base no texto e nos conhecimentos
sobre o pensamento de John Locke, é correto afirmar que a propriedade:
I. Tem no trabalho a sua origem e fundamento, uma
vez que ao acrescentar algo que é seu aos objetos da natureza o homem os
transforma em sua propriedade.
II. A possibilidade que o homem tem de colher os
frutos da terra, a exemplo das maçãs, confere a ele um direito sobre eles que
gera a possibilidade de acúmulo ilimitado.
III. Animais e frutos, quando disponíveis na
natureza e sem a intervenção humana, pertencem a um direito comum de
todos.
IV. Nasce da sociedade como consequência da ação coletiva e solidária das comunidades organizadas com o propósito de formar e dar sustentação ao Estado.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e III são
corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são
corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e IV são
corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
20. (Unioeste 2010) “Se os que nos
querem persuadir que há princípios inatos não os tivessem compreendido em
conjunto, mas considerado separadamente os elementos a partir dos quais estas
proposições são formuladas, não estariam, talvez, tão dispostos a acreditar que
elas eram inatas. Visto que, se as ideias das quais são formadas essas verdades
não fossem inatas, seria impossível que as proposições formadas delas pudessem
ser inatas, ou nosso conhecimento delas ter nascido conosco. Se, pois, as
ideias não são inatas, houve um tempo quando a mente estava sem esses
princípios e, desse modo, não seriam inatos, mas derivados de alguma outra
origem. Pois, se as próprias ideias não o são, não pode haver conhecimento,
assentimento, nem proposições mentais ou verbais a respeito delas. […] De onde
apreende a mente todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso
respondo, numa palavra, da experiência. Todo o nosso conhecimento está nela
fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento. Empregada tanto
nos objetos sensíveis externos como nas operações internas de nossas mentes,
que são por nós mesmos percebidas e refletidas, nossa observação supre nossos
entendimentos com todos os materiais do pensamento.”
(Locke)
Tendo presente o texto acima, é correto
afirmar, segundo Locke, que
a) há duas fontes de nossas ideias, a sensação e a
reflexão, de modo que tudo o que é objeto de nossa mente, por ser ela como que
um papel em branco, é adquirido por meio de uma ou de outra dessas duas
fontes.
b) contrariamente ao que afirma o texto, o autor admite
excepcionalmente como inatos alguns princípios fundamentais e algumas ideias
simples.
c) chama-se experiência a forma de conhecimento
que, produzido por meio das diferentes sensações, nos permite saber o que as
coisas são em sua essência e na medida em que são independentes de nós.
d) a ideia de substância é uma ideia simples
formada diretamente a partir de nossa experiência das coisas e da capacidade
que elas têm de subsistirem.
e) todas as nossas percepções ou ideias provém das
sensações externas e de nosso contato com o que existe fora de nós.
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